24/08/2023 às 10h22min - Atualizada em 24/08/2023 às 10h22min

Saiba como cuidar corretamente da sua calopsita de estimação

Veterinária especializada em pets não convencionais dá orientações importantes para tutores sobre cuidados de calopsitas

com edição da Redação Belem.com.br
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As calopsitas estão entre as  espécies de aves mais queridas entre os amantes de animais de estimação ao redor do mundo, graças a suas personalidades encantadoras e de companheirismo adorável, por serem aves muito sociais e apegadas.

Elas são originárias da Austrália (Nymphicus hollandicus), e têm como característica sua crista única, cores vibrantes e piados alegres, além de serem capazes de  aprender truques.

Essas pequenas cacatuas têm cativado entusiastas há décadas e, com os cuidados adequados e atenção, elas podem viver de 15 a 20 anos, oferecendo companhia de longo prazo aos seus tutores.

Morgana Prado, médica-veterinária especialista em cuidados com pets não convencionais do Hospital Veterinário Taquaral (HVT), de Campinas, dá dicas importantes para que tutores possam cuidar de suas aves de estimação da melhor forma possível, atendendo às suas necessidades alimentares, protocolos preventivos, corte de asa, técnicas de manuseio, além da importância da exposição ao sol e rotinas de banho.

Requisitos alimentares

Morgana afirma que parte essencial para garantir o bem-estar e melhor qualidade de vida para calopsitas está em fornecer  uma dieta equilibrada e nutritiva.

A alimentação da ave deve consistir em ração de alta qualidade especificamente formulada para calopsitas, complementada com frutas e legumes frescos. Algumas opções adequadas incluem folhas verdes, cenouras, maçãs e brotos.

O tutor jamais deve oferecer chocolate, abacate, cafeína, álcool e alimentos ricos em sal ou açúcar, pois esses podem ser tóxicos para elas.

Apesar de haver uma cultura bastante difundida de que a alimentação de aves deve ter sementes de girassol como base, por serem muito gordurosas, sementes de boa qualidade podem ser oferecidas de vez em quando, mas como petiscos.

“Se a comida for predominante em sementes, é preciso, gradativamente, introduzir cada vez mais ração e reduzir as sementes. É preciso paciência, mas vale a pena pelo bem do animal”, garante a veterinária.

Exames de rotina

Assim como cães e gatos, garantir a saúde das calopsitas envolve consultas veterinárias regulares para monitorar seu bem-estar geral e tratar possíveis problemas de saúde.

A especialista enfatiza a importância de se fazer periodicamente (de seis meses a um ano) exames de sangue, fezes, raio-X e ultrassom como medidas preventivas para proteger esses animais.

Segundo Morgana, no Brasil não é comum administrar vacinação  em calopsitas e a vermifugação é feita somente em casos de necessidade.

Para garantir a segurança e evitar fugas acidentais, o corte de asa é uma prática comum em calopsitas. No entanto, Morgana aconselha que esse procedimento seja realizado apenas por um veterinário profissional, pois a ave precisa continuar voando, senão ela cai e se machuca.

O corte adequado das asas permite que as aves mantenham o equilíbrio, ao mesmo tempo em que limita sua capacidade de voar alto. “Mesmo com a asa cortada ela ainda consegue fugir voando baixo. Por isso, a soltura da ave deve ser assistida pelo tutor”.

Manuseio e socialização

A veterinária destaca a importância do manuseio regular e da socialização para estabelecer um vínculo de confiança entre as calopsitas e seus tutores.

Introduções graduais e gentis à interação humana ajudam a torná-las confortáveis com o contato físico, promovendo experiências positivas tanto para a ave quanto para os tutores.

“É crucial lembrar que cada ave tem sua própria personalidade, e a paciência é fundamental para construir um relacionamento”, diz a especialista.

Exposição ao sol

As calopsitas precisam de exposição à luz solar natural ou iluminação UV de espectro completo para manter se manter saudável.

Morgana recomenda que o tutor forneça acesso a um ambiente externo seguro e protegido, como um viveiro bem construído ou tempo supervisionado ao ar livre em uma área cercada. A exposição adequada à luz solar contribui para a síntese de vitamina D3, essencial para a absorção de cálcio e saúde óssea geral.

“O melhor horário é o mesmo indicado para bebês: até 10h e após às 16h. O ideal é deixar a gaiola parte na sombra, parte sob o sol, pois assim a ave terá uma área de escape quando sentir calor”, explica.

Higiene

O banho é uma parte essencial dos cuidados com as calopsitas e pode ser realizado por meio de diversos métodos. A veterinária sugere um pote raso de água, uma banheira específica para calopsitas, encontrada em lojas especializadas e petshops, ou uma pulverização suave para que elas possam se banhar.

O banho regular ajuda a manter a limpeza das penas, removendo poeira e detritos, ao mesmo tempo em que promove uma pele e plumagem mais saudáveis.

"As calopsitas são animais de estimação maravilhosos para indivíduos e famílias. Com cuidados adequados, atenção e orientação veterinária, elas podem prosperar e trazer alegria para nossas vidas por muitos anos. A posse responsável e a compreensão de suas necessidades únicas são fundamentais para garantir seu bem-estar", conclui a veterinária.
 

 

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