22/04/2021 às 16h00min - Atualizada em 22/04/2021 às 16h00min

Artistas paraenses do Projeto MOA lançam 2ª coletânea nesta sexta (23)

A obra reúne dez faixas autorais produzidas por jovens das periferias de Belém

Redação do Belem.com.br
Um dos destaques do álbum é a musica composta e interpretada pela Mestra Cenira do Verequete. (Foto: Divulgação)

          
Nesta sexta-feira (23) o Projeto Moa lança, em todas as plataformas digitais, a coletânea Pelas Fitas - Vol. II”. O álbum contém dez faixas autorais gravadas entre janeiro e fevereiro de 2021 e foi financiado com recursos da Lei Aldir Blanc, por meio da Secretaria de Cultura do Estado do Pará. O Projeto Moa foi criado com o objetivo de fomentar as cadeias de produção musical entre jovens das periferias de Belém.


Coletânea “Pelas Fitas - Vol II”

Entre os estilos musicais representados na coletânea, estão o rap, o carimbó e o samba, que são gêneros largamente produzidos e difundidos nas periferias da Grande Belém. Mas, além destas manifestações, a obra também reúne música romântica, eletrônica, R&B e até mesmo o hardocore, com seu ritmo rápido e suas mensagens de indignação e protesto. 

Um dos destaques do álbum é a canção “Verequete Filho de Yemanjá”, composta e interpretada pela Mestra Cenira do Verequete, artista paraense que partiu para junto de seu eterno companheiro, o mestre Verequete, em abril de 2021, por conta de complicações de saúde decorrentes da COVID-19. Esta faixa é o único registro da obra de Mestra Cenira gravado em estúdio, e conta ainda com a participação do Mestre Curica no banjo e do Mestre Cancan na percussão e no coro. 

Representatividade

Do ponto de vista lírico, a coletânea buscou valorizar e dar representatividade a discursos e pontos de vista dos jovens negros, das mulheres e pessoas LGBTQI+, da classe trabalhadora e dos moradores das periferias urbanas. Carregadas de simbolismos e de vivências próprias desses grupos sociais em seu processo de luta e emancipação, as letras presentes no álbum “Pelas Fitas” versam sobre resistência, injustiça e desigualdades sociais, mas também trazem muito amor, desejo, magia e espiritualidade. 

A própria capa do álbum busca representar a diversidade e as raízes profundas da música paraense por meio de uma imagem da cidade de Belém que remete tanto aos antigos discos de vinil (sobretudo às coletâneas de música clássica que eram editadas nos anos 1980), quanto aos quadros de artistas plásticos populares que expõem suas obras em feiras públicas e nas ruas da cidade. 

Realização

Toda a organização do processo de produção da coletânea ficou a cargo da professora, artista e produtora cultural Rebecca Braga. A curadoria dos artistas selecionados foi realizada inteiramente por jovens formados pelo Projeto Moa, nas oficinas de produção de áudio e produção cultural ministradas em 2019.


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