Em 2021, 216mulheres já perderam a vida para a doença. (Foto: Divulgação/Shutterstock)
A campanha Outubro Rosa acende o alerta contra o câncer de mama para conscientizar a sociedade sobre os riscos da doença. Um deles está relacionado à obesidade. Segundo a Organização Mundial da Saúde, estudos comprovam que a obesidade abdominal, por exemplo, aumenta as chances do desenvolvimento de câncer de mama.
A coordenadora de Oncologia Clínica de um hospital de referência em tratamento do câncer, em Belém, Danielle Feio, explica a relação entre obesidade e o câncer de mama. "Existem alguns tumores que apresentam risco relativo maior de desenvolverem em pacientes obesos, quando comparado com pessoas que estão com seu peso adequado. Os principais são o câncer de mama, colorretal, ovário, pâncreas, fígado, rim e próstata e, também, é observado o endométrio, que é o câncer do corpo do útero", pontua Danielle.
"Para pacientes que já estão em tratamento contra o câncer, é importante observar que a obesidade também é um fator complicador. Hábitos saudáveis, atividades físicas e a reeducação alimentar levam os pacientes a reduzir índices de reincidência em até 30% para quem já teve câncer e reduz a chance de desenvolver, segundo Danielle.
Nutrição
Victor Ângelo Santos, nutricionista, aponta a importância de ter uma alimentação saudável na prevenção do câncer de mama. Ele lembra que, de acordo com Ministério da Saúde, cerca de 53% da população brasileira está acima do peso. Outro fator preocupante é que até 2025, o Brasil deve ter 29 mil casos de câncer relacionado à obesidade, segundo a Faculdade de Medicina de São Paulo.
"A obesidade contribui para maior prevalência de casos de câncer de mama, vários estudos atualmente demonstram que a obesidade abdominal, que é a maior concentração de gordura no abdômen, tem o maior risco de desenvolvimento de vários de tipos de câncer, dentre eles o de mama", destaca o nutricionista, citando a Organização Mundial de Saúde (OMS).