Artista diz que o tema da apresentação e a pandemia foi uma coincidência. (Foto: Leo Aversa / Divulgação)
O espetáculo "Cura", da bailarina e coreógrafa Deborah Colker, será apresentado a partir desta quarta-feira (15) no Teatro Margarida Schivasappa, no prédio da Fundação Cultural do Pará (FCP), antigo Centur. Serão quatro sessões, aque vão até sábado (18), às 20h.
O espetáculo tem 75 minutos de duração, e conta com dramaturgia do rabino Nilton Bonder e trilha original de Carlinhos Brown. A criação, coreografia e direção são de autoria de Deborah Colker.
"Cura" faz referência à doença genética do neto de Deborah, Theo: a epidermólise bolhosa. "O espetáculo 'Cura' parte de uma situação pessoal, e vem sendo elaborado há anos. Mas ele não é sobre uma situação pessoal. Ele parte dela. 'Cura' não é sobre o Theo, mas sobre o que o nascimento do Theo causou em mim. Comecei a perceber que precisava encontrar a cura. A cura do que não tem cura. Eu já sabia que precisava fazer uma ponte entre a fé e a ciência. Entre aceitar e lutar, entre calar e gritar, entre esperar e agir", contou a coreógrafa durante entrevista à imprensa.
Segundo a artista, o espetáculo também trata de outras formas de cura, como a religião, com representações da fé africana, indígena e oriental na narrativa, como a história de Obaluaê, o orixá da cura e da doença em religiões de matriz africana.
O impacto da pandemia de covid-19 na sociedade acabou influenciando a relação que o público tem com o espetáculo. Mas Deborah Colker explicou que "Cura" tem a ver com todo o processo que envolve a vontade de viver diante de uma doença. "Tenho percebido que Cura estabelece uma conexão forte com o público, particular e singular. As pessoas se emocionam muito, muito mesmo. O contexto da pandemia foi uma coincidência. Claro que as conexões são inevitáveis, e não são feitas por mim, mas pelo público, que se conecta com o espetáculo, com suas próprias experiências de dor e de alegria, também", ressaltou a coreógrafa.
Serviço Espetáculo "Cura", de Deborah Colker Período: de 15 a 18 de dezembro Hora: às 20h Local: Teatro Margarida Schivasappa, Avenida Gentil Bittencourt, nº 650, bairro Nazaré, em Belém. Compra de ingressos pelo Sympla.
Artista diz que o tema da apresentação e a pandemia foi uma coincidência. (Foto: Leo Aversa / Divulgação)
