23/10/2019 às 11h11min - Atualizada em 23/10/2019 às 11h11min

Evento discute a Amazônia e a vida dos povos tradicionais

Um dos objetivos do encontro é apontar caminhos que possam mudar de forma radical e urgente os rumos de práticas predatórias ao meio ambiente

belem.com.br
Assessoria de Comunicação do evento
Para a organização do evento, os povos originários, ribeirinhos e quilombolas sofrem com as políticas públicas atuais (Foto: Maycon Nunes/ Agência Pará)

Representantes de organizações não governamentais (ONGs) e movimentos da sociedade civil de vários Estados brasileiros se concentram nesta quarta e quinta-feira (23 e 24), no hotel Beira Rio, em Belém, para tratar sobre a Amazônia e seus povos em resistência para a construção de alternativas de um mundo possível.
 
O debate acontece ao longo do Seminário Regional Norte do projeto “Novos paradigmas para um outro mundo possível”, uma iniciativa da Associação Brasileira de ONGs (Abong) junto à ISER Assessoria, com o objetivo de refletir e apontar caminhos que possam mudar de forma radical e urgente os rumos de práticas predatórias do meio ambiente e das condições que sustentam a vida na terra.
 
Segundo Athayde Motta, membro da executiva da Abong, o projeto sinaliza para o começo de novas perspectivas, que podem se tornar parte de um novo modelo, como as práticas que começam em comunidades, em formato de pequenos projetos, no interior e na área urbana. Como exemplo, cita a economia solidária, por não visar unicamente o lucro - em termo de acúmulo de renda - e a exploração -de pessoas, do território e da natureza, assim como a agricultura ecológica e projetos com métodos alternativos de energia.
 
Athayde lamenta as tentativas de criminalização das ONGs, do Movimento Sem Terra (MST) e Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) por meio do atual governo federal e a falta de abertura para discutir com a sociedade civil. Diante disso, está em fase de construção uma campanha de reafirmação do ativismo como prática saudável e tradicional no Brasil.
 
Ivo Lesbaupin, da ISER Assessoria, para a construção de novos paradigmas só será possível a partir da difusão das alternativas, o que tem acontecido por meio de trocas de conhecimentos com realizações de seminários públicos, publicações de livros e cartilhas, e elaboração de banco de dados de práticas alternativas. São informações postadas nos sites da Abong, Iser Assessoria e nas organizações parceiras.
 
Para ele, essa mobilização revela a resistência das ONGs, sobretudo, por causa do desmando total do atual governo, “porque está liberando queimada, a expansão do agronegócio, sem nenhum direito para os povos originários, ribeirinhos e quilombolas, o que tem feito as ONGs uma das áreas de proteção em defesa desses povos e situações ambientes, levanto o governo criminalizá-las”.

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