O papel da França no contexto europeu é importante. (Foto: Divulgação / DepositPhotos)
A Europa vive, nos dias atuais, momentos de extrema preocupação por conta do conflito armado entre Rússia e Ucrânia. As consequências dessa situação são gigantescas e repercutem em várias áreas sendo econômicas, políticas, territoriais, entre outros.
Nesta semana foi celebrado o Dia da Europa, instituído em 1950, embrião da União Europeia que teve como base valores de paz, solidariedade, desenvolvimento econômico e social, equilíbrio ambiental e regional, incluindo a criação de uma instituição europeia supranacional.
Para Mario Tito Almeida, doutor em Relações Internacionais, "a Europa sempre teve um papel central e desde o final do século XX ela passou a não ser apenas um conjunto de estados, mas um bloco de integração regional".
Segundo ele, esse bloco de integração se sobressai pelos seus aspectos políticos, econômicos e culturais. “Muita coisa na dinâmica internacional do mundo passa pela Europa, do ponto de vista político e geo-político, tendo em vista as grandes lideranças mundiais como Emmanuel Macron, na França, ou como Olaf Scholz, da Alemanha. Mas temos a importância e referência cultural, porque a história passa pela Europa”, reforça.
Mario Tito Almeida destaca o papel desses grandes líderes no contexto mundial, como verdadeiros articulares. “Alguns líderes são dignos de serem citados pela capacidade de interagir com os vários países e com as dinâmicas internacionais, isso do ponto de vista político. Me refiro a Angela Merkel, que passou tanto tempo como chanceler da Alemanha e o seu substituto Olaf Scholz, que tem levado uma liderança na Europa de maneira muito intensa, mostrando claramente que por ser um vagão econômico do bloco pode ter uma influência muito grande do ponto de vista político”, relacionou.
O papel da França no contexto europeu é importante. “A França, que é a segunda maior economia da União Europeia, com a reeleição de Emmanuel Macron passa a ter uma relevância seja na continuidade do bloco econômico, como na interlocução dos vários temas internacionais. Acrescentaria ainda o conflito entre Ucrânia e Rússia, e eu diria que a Europa joga um papel preponderante, seja na intensificação do conflito e também na possibilidade de diálogo para a paz”, ponderou.
