30/06/2022 às 13h09min - Atualizada em 30/06/2022 às 13h09min

Bairro do Guamá ganha novas cores com projeto de arte urbana

Um corredor cultural multicolorido, que exalta os símbolos e as cores foi feito

Redação Belem.com.br
Com informações da Ascom
As intervenções urbanas são desenvolvidas por doze artistas locais. (Foto: Tuyuka Lara)

                                                                                                                            
Com “Rio que Chove”, três pontos culturais e históricos do bairro serão revitalizados e vão ganhar pinturas que contam a tradição cultural da periferia mais populosa de Belém
 
Um corredor cultural multicolorido, que exalta os símbolos e as cores do bairro do Guamá, será entregue nesta quinta-feira (30), pela Psica Produções. O projeto “Rio que Chove” compreende ações de graffiti unindo três pontos distintos da periferia mais populosa de Belém, com direção artística da artista visual Letícia Nunes, que assina seus trabalhos como Lenu, e direção urbanística de Tuyuka Lara. Na programação de lançamento da primeira parte do projeto, serão realizadas pinturas ao vivo, oficinas de reciclagem de latinhas de spray para crianças, discotecagem e batalha de rimas.
 
Termo de origem indígena, “Guamá” significa “Rio que Chove”. A tradução em português dá nome ao projeto. Segundo o urbanista Tuyuka Lara, as intervenções foram pensadas com a participação direta dos moradores do bairro. “Através principalmente da articulação com os diretores do Espaço Cultural Nossa Biblioteca, lançamos um formulário online para saber o que o pessoal do bairro queria ver nas suas ruas e quais elementos identificavam, para eles, o Guamá. A participação foi muito importante para nos ajudar a entender o ponto de vista da comunidade”, destaca.

A parada de ônibus do Clipper, localizada na rua Augusto Corrêa, a praça Benedito Monteiro, na travessa Ezeriel Mônico de Matos, e o Espaço Cultural Nossa Biblioteca, na travessa Vinte e Cinco de Junho, são os três pontos que marcam o percurso. Lenu, responsável pela direção artística do projeto, conta como a identidade visual foi desenvolvida.  “É uma celebração aos símbolos locais, como cultura, música, festas populares, conexão com a cidade, águas presentes seja através da chuva ou do rio, já que o bairro fica nas margens, e até mesmo a feira. Nas cores, a inspiração são as embarcações amazônicas tradicionais, que trazem principalmente o azul, verde, amarelo e vermelho, isso em uma releitura urbana, futurista, apoiada na cultura da tecnologia”, explica.

As intervenções urbanas são desenvolvidas por doze artistas locais. Além de Lenu, PTCK, Gabz, Beatriz Paiva, Santo, Lucas Negrão, Mama Quilla, Savannah, Maira Velozo, Leviana, Cely Feliz e Rodrigo Leão são os artistas visuais que executam as ações.

“Os artistas foram escolhidos visando abraçar uma diversidade de linguagens artísticas e de contexto, enriquecendo o projeto com outras camadas e visões. E que, apesar de estilos próprios bem demarcados, também dialogassem entre si e com a identidade do projeto como um todo. A verdade é que todos são bem talentosos e já estavam no meu radar há um tempo. Eu apresentei a lista para a equipe e todos debatemos e escolhemos juntos, então foi um processo bem coletivo”, diz Lenu. O projeto ainda prevê a implementação de oficinas de grafite com artistas convidados para o próximo semestre. No domingo, dia 3, será realizado um passeio de bicicleta pelo corredor cultural do Guamá.

O “Rio que Chove” foi contemplado pelo edital Preamar da Paz da Secretaria do Estado de Cultura (Secult). Para pintura e revitalização da praça Benedito Monteiro, a Psica Produções tem parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) e Secretaria Municipal de Esporte, Juventude e Lazer (Sejel). A ideia é realizar uma intervenção completa no local, com pintura do piso, paredes e casas ao redor.
 

Sobre Lenu

Lenu é artista visual, graduanda pela Universidade da Amazônia. Trabalha com murais de tamanhos variados, em áreas externas ou internas, ilustrações digitais ou manuais para estamparias, produtos, livros, peças publicitárias, projeções e videomapping. Realiza pintura em painéis, telas, quadros, gravuras e esculturas e, ainda, pinturas faciais e corporais para eventos e performances. Participa de exposições coletivas, independentes ou institucionais e mostras de artes. Entre seus trabalhos de maior destaque está o muro sensorial da Apae Belém, desenvolvido no ano passado, e construído com texturas, sons e cheiros que estimulam crianças com deficiência intelectual ou múltipla.

Sobre Tuyuka Lara

Nascido em Belém e atual morador de Ananindeua, Tuyuka Lara é Arquiteto e Urbanista formado pela UFRRJ, mestrando em Patrimônio Histórico pela UFRJ e fotógrafo artístico e documental com formação complementar em fotografia pela Washington State University. Trabalha com fotografia digital e analógica desde 2015, recebeu o prêmio RespirArte 2020 da FUNARTE, na categoria Artes Visuais, tem trabalhos publicados em jornais impressos e de TV, expôs em galerias universitárias no Rio de Janeiro e em Minas Gerais e em 2017 foi pré selecionado para a mostra internacional de fotografia “Paraty em Foco” no RJ.

Serviço

Entrega da primeira parte do projeto “Rio que Chove”

Quando? Quinta, 30 de junho, a partir das 14h
Onde? Parada de ônibus do clipper, localizada na rua Augusto Corrêa
Fachada do Espaço Cultural Nossa Biblioteca, na travessa Vinte e Cinco de Junho
Programação gratuita

Programação no Espaço Nossa Biblioteca

15h - Oficinas de reciclagem de latinhas de spray para crianças com o artista Santo
18h - Batalha de rimas com Everton MC e Th G
19h - Discotecagem com Bambata Brothers
Pinturas ao vivo durante toda a programação


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