O governo federal divulgou o detalhamento dos gastos em cartões corporativos da Presidência da República durante o governo do presidente Jair Bolsonaro.
Os dados foram incluídos no último dia 6 no repositório de informações classificadas da Secretaria-Geral da Presidência da República, e identificados nesta semana pela agência de dados públicos Fiquem Sabendo – especializada em pedidos pela Lei de Acesso à Informação (LAI).
O governo também hospedou, nesse link, os gastos com cartões da Presidência desde 2003 – primeiro ano do primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Esses dados já eram públicos, mas não estavam hospedados de forma organizada em site do governo.
Os dados divulgados mostram que a gestão Jair Bolsonaro gastou R$ 27,6 milhões em cartões corporativos em quatro anos.
O valor inclui o cartão pessoal de Bolsonaro e, também, outros cartões usados por ajudantes de ordens e funcionários da presidência.
Cartões corporativos da presidência na gestão Jair Bolsonaro
Ano - Valores gastos
2019 R$ 5.382.478,10
2020 R$ 7.314.318,09
2021 R$ 9.927.562,29
2022 R$ 4.997.298,75
Total do mandato R$ 27.621.657,23
Fonte: Fiquem Sabendo e Secretaria-Geral da Presidência
O material divulgado também permite dividir esses gastos pelo tipo de despesa.
Os maiores gastos nesses cartões, nos últimos quatro anos, foram relacionados a hospedagem e alimentação – sobretudo, em viagens do presidente e de assessores.
Gastos em cartões corporativos da Presidência na gestão Jair Bolsonaro
Tipo de Despesa - Soma de VALOR
Hospedagens R$ 13.669.149,08
Fornecimento de alimentação R$ 5.511.790,53
Gêneros de alimentação R$ 4.783.581,22
Apoio administrativo, técnico e operacional R$ 1.538.381,15
Locação de bens móveis e intangíveis R$ 699.775,01
Combustíveis e lubrificantes automotivos R$ 668.824,56
Material de limpeza e higienização R$ 207.975,15
Locação de imóveis R$ 69.097,25
Locação de máquinas e equipamentos R$ 64.058,50
Material de copa e cozinha R$ 50.394,26
Material de acondicionamento e embalagem R$ 49.008,87
Fonte: Fiquem Sabendo e Secretaria-Geral da Presidência
Com informações do G1