Camila Barbosa/Ascom Sejudh O Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), lançou nesta quarta-feira (08), no Dia Internacional da Mulher, campanha com o tema “Empoderamento feminino como forma de cidadania e prevenção à violência de gênero", que vai promover ações no mês de março. A programação contou com uma feira de empreendedoras, roda de conversa e atrações culturais.
Para a realização do evento foram realizadas parcerias com movimentos de mulheres, conselhos municipais, organizações que executam políticas para mulheres nos municípios e a rede que atende às mulheres em situação de violência doméstica.
No lançamento da campanha, a secretária de Estado da Mulher, Paula Gomes, ressaltou que a criação da Semu (Secretaria de Estado da Mulher) é um passo a mais na efetivação de políticas públicas para as mulheres. “É com grande alegria que estamos aqui nesta data tão importante, porque tivemos hoje a sanção da lei que cria a Secretaria da Mulher do Estado do Pará. Quando encontramos mulheres que nos apoiam, temos mais forças para caminhar”, frisou.
Sobre o lançamento da campanha, Paula Gomes falou sobre os compromissos assumidos a partir de agora. “Nós sabemos da responsabilidade que este momento traz pra gente. A Secretaria chega para estreitar a articulação com os demais órgãos do sistema e com os movimentos sociais, como forma de cidadania e prevenção da violência”, enfatizou.
Segundo a responsável pela Coordenadoria de Integração de Políticas para as Mulheres e presidente do Conselho Estadual dos Direitos das Mulheres, Márcia Jorge, destacou a presença de mulheres de diversas localidades do interior do Pará no lançamento da campanha em alusão ao Dia Internacional da Mulher.
Processo histórico A coordenadora acrescentou que “tudo na história de luta das mulheres é um processo histórico. Agradecemos ao governador Helder Barbalho, que criou hoje a Secretaria da Mulher, que vai fomentar as políticas públicas em prol de todas as mulheres. Hoje, o Estado do Pará tem uma Secretaria, e ela nasceu da luta de todas as mulheres”.
“O Dia Internacional da Mulher é um dia que ainda precisamos refletir sobre os direitos das mulheres, de melhorar a atenção às vítimas de violência de gênero. O Estado do Pará, hoje, amplia os conselhos e os organismos de políticas para as mulheres nos municípios, porque as políticas públicas para as mulheres são políticas de Estado”, afirmou Márcia Jorge.
A secretária de Estado de Cultura, Úrsula Vidal, disse que “nesse dia 08 de março nós nos queremos vivas, uma lutando pela outra, com respeito e com rede protetiva. Saúdo a secretária Paula Gomes, que vai gerir a recém-criada Secretaria da Mulher, que vai gerir as políticas públicas para todas as mulheres no Pará”.
A campanha do 08 de Março contou com as parcerias da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), Fundação Cultural do Pará (FCP), Fundação ParáPaz, Polícia Civil, Tribunal de Justiça do Estado, Ministério Público, Defensoria Pública e de outros órgãos que compõem o sistema de atendimento às mulheres em situação de vulnerabilidade.
A Coordenadoria de Mulheres da Prefeitura de Belém lançou o Plano Municipal de Políticas para as Mulheres, com estratégias de enfrentamento às desigualdades entre mulheres e homens na capital paraense.
Roda de conversa O evento começou com uma roda de conversa sobre o tema “Empoderamento Feminino como forma de Cidadania e Prevenção à Violência: promovendo a igualdade de direitos entre homens e mulheres”, enfatizando a relação entre a mulher e o futebol.
Para Neide Farias, diretora Financeira e de Ação Social da torcida organizada Terror Bicolor, que conta atualmente com mais de 200 integrantes, "este evento é muito importante porque precisamos ocupar nossos espaços na bancada. Hoje, nós temos mulheres em diversas alas da torcida. Muitas mulheres sofrem assédio dentro do estádio, e esse evento serve para mostrar que nós temos os mesmos direitos que todos os homens".
Segundo Thaís Moura, vice-presidente da Comissão das Mulheres Advogadas da OAB Pará (Ordem dos Advogados do Brasil-PA), a roda de conversa traz à tona temas importantes para a sociedade. “A gente precisa perceber que o futebol também é das mulheres. Quando a gente começa a discutir assuntos como assédio e importunação sexual nesses espaços, que são masculinos e masculinizados, é porque estamos transformando o discurso, a partir do momento em que dizemos que nós somos mulheres e torcedoras”.
O evento também contou com um desfile sobre o tema “Mulheridades na Amazônia”, que inspirado na vida e história das mulheres que vivem na região, enfatizando cultura, lutas e resistência, e dando visibilidade à diversidade feminina.
