13/03/2023 às 09h40min - Atualizada em 13/03/2023 às 09h40min

Valores esquecidos: Paraense que ganhou R$ 13 mil não acreditou ao ver quantia

Alan Aviz, de 32 anos, conta que muitos amigos e familiares já pediram dinheiro emprestado, mas que o valor será investido

Com edição da Redação Belem.com.br
O Liberal
Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Após o Banco Central (BC) ter liberado o saque de “valores esquecidos” em contas bancárias por pessoas físicas e empresas, usuários do sistema financeiro ficaram esperançosos. No entanto, mas muitos deles se decepcionaram ao perceber que tinham apenas alguns centavos disponíveis. Segundo o BC, os valores referem-se, na maioria dos casos, a contas correntes ou poupança encerradas ainda com saldo.

O caso do tradutor e intérprete paraense Alan Aviz, de 32 anos, foi o oposto. Ele chegou a ler notícias que contavam histórias de pessoas que fizeram a consulta esperançosas e se decepcionaram com o valor, então, quando se deparou com o Sistema de Valores a Receber (SVR), não criou expectativas. Foi surpreendido: o site dizia que Alan possuía mais de R$ 13 mil em dinheiro esquecido em uma conta no Banco do Estado do Pará (Banpará).

“Eu recebi um link no aplicativo do WhatsApp, no grupo da família, e eu estava sem perspectiva alguma, tinha acabado de ver no Instagram que um cara tinha ganhado 10 centavos, então isso tirou qualquer expectativa que eu tivesse. Consultei no dia 4 e apareceu a mensagem de que tinha um valor, mas só podia ver no dia 7. Fiquei aguardando e consultei novamente e, para minha surpresa, já estava disponível e vi mais de R$ 13 mil. Fiquei assustado e não acreditei, claro, porque eu tenho perfil para emprestar R$ 13 mil, não para deixar lá esquecido”, lembra, rindo.

O próprio site do SVR mostra onde está o valor, caso a pessoa tenha alguma quantia, incluindo o nome do banco e a agência. Como Alan não acreditou no sistema do Banco Central, foi até o local e conversou com o gerente, que também ficou surpreso por se tratar do maior valor que a agência vai devolver aos usuários.

Alan conta como tudo aconteceu: “Fui professor da Seduc em 2015, saí para assumir um concurso na Ufra [Universidade Federal Rural da Amazônia] e encerrei a conta no Banpará. Mas, na época, eu aderi a alguma coisa deles e, quando vem lucro para o banco, ele acaba dividindo com os clientes. Por causa dessa movimentação, não foi efetivado o processo de fechamento da conta e ficou lá, sem eu saber. Foram oito anos e eu não sabia que tinha alguma quantia na conta”.

O que o tradutor e intérprete vai fazer com o dinheiro é guardar para um investimento futuro. Como ele não contava com essa quantia agora, não está precisando - por isso, pretende investir de forma segura, buscando rendimentos mais altos. A reportagem questionou se, com esse dinheiro em mãos, algum amigo ou familiar já pediu valores emprestados. Alan confirmou: “Se eu fizer gosto, já estou sem esse dinheiro. Família, amigos, ex-amigos, todo mundo mandou mensagem perguntando: pode fazer um PIX? Foi em tom de brincadeira, mas disfarçado”, opina, em risos.

Brincadeiras à parte, o tradutor vai retirar uma pequena parte do valor para uma benfeitoria: o irmão pediu para que ele pagasse um curso no valor de R$ 1.000 e Alan aceitou. “Vejo essa possibilidade de ganhar esse dinheiro como um presente. Se Deus me abençoou, tenho que abençoar, é a forma que encontrei de ajudar alguém e que vai me deixar alegre, porque é um investimento para ele”. Quanto ao restante, os R$ 12 mil, o “sortudo” diz que a quantia não vai sair “tão cedo” das suas mãos e que será investida para o futuro.

 
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