10/12/2019 às 09h10min - Atualizada em 10/12/2019 às 09h10min
No dia da Declaração dos Direitos Humanos comemora-se seus avanços e retrocessos
O documento completa hoje 71 anos
Rosa Borges
Jornalista do belem.com.br
Poster da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1949. Foto: FDR Presidential Library & Museum A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adotada pela Organização das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948 como resposta às atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial. Por meio dela, os países se comprometeram em eliminar as formas de desrespeito aos direitos do cidadão.
A declaração define com todas as letras que as pessoas têm o mesmo valor e que o Estado é responsável por garantir um padrão de vida à população com dignidade e igualdade, o que inclui a segurança, saúde e educação.
A outra garantia que deve ser dada ao cidadão é o de viver sem violência, em paz. O Estado precisa respeitar os direitos humanos e possibilitar a resolução de conflitos e garantir a tão sonhada paz social.
A liderança quilombola que coordena os Programas Comunitários da Associação de Moradores e Quilombola de Abacatal, em Ananindeua, Vanuza Cardoso, declara que o documento trouxe alguns avanços, mas há muito a ser conquistado. "A Declaração dos Direitos Humanos dá visibilidade às violações de direito que o nosso povo passa, assim como de outros coletivos. Na atual conjuntura eu percebo que até as entidades e colegiados estão enfrentando problemas porque o mundo ainda precisa ser mais humanizado. As pessoas precisam ter uma sensibilidade diferenciada com a pauta dos direitos humanos. Falamos de todas as formas de violação dos direitos. Temos ainda relações que são prioritárias e os defensores que lutam dentro dos seus territórios e pela sua política social estão, de fato, muito ameaçados de várias formas. Precisamos avançar muito ainda", reforçou.
Para a presidente da comissão de Direitos Humanos da OAB, Juliana Fonteles, a Declaração dos Direitos Humanos "reforça o princípio da democracia e nesse dia precisamos firmar a bandeira dos direitos humanos, da cultura de paz e da democracia. Ela representa a defesa de mulheres, de crianças, de índios e de negros, a luta contra a violência doméstica, contra o racismo, a defesa dos direitos da criança e do adolescente, da luta da pessoa com deficiência física. Precisamos entender que os defensores dos direitos humanos têm que defender a todos, civis e militares. Devemos todos andar de mãos dadas pela manutenção da paz", reforçou.