26/04/2023 às 10h28min - Atualizada em 26/04/2023 às 10h28min

Belém realiza o "I Circuito de Esportes Paralímpicos"

O evento ocorreu na última terça-feira (25), na quadra de esportes de uma universidade particular

Com edição da Redação Belem.com.br
Agência Belém
Luís Miranda/Ascom Semec
O Rafael estava parado no meio da quadra, com uma bola de peso na mão direita, muito concentrado e esperando o momento do professor liberar o arremesso. Assim que escutou "joga", o atleta, com toda força, arremessou a bola bem distante, arrancando aplausos de todos que estavam no local. "Consegui", ele gritou mostrando que naquele momento estava superando seus limites.

Rafael Chaves da Silva tem 12 anos e é aluno da Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental (EMEIF) Deputado João Batista. Ele possui baixa visão e, junto com outros 22 estudantes, todos com deficiência e da rede municipal de ensino, participa do I Circuito de Esportes Paralímpicos, promovido pela Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec).

O evento é organizado e conduzido pelo Centro de Referência em Inclusão Educacional (Crie) e ocorreu na manhã desta terça-feira, 25, na quadra de esportes da Uninassau.

Educação inclusiva

O objetivo do circuito é fortalecer a prática do esporte entre os mais de 2 mil estudantes com deficiência matriculados na rede municipal de Educação.

A política de educação inclusiva integra um projeto do Crie, o "Incluir", que trabalha com avaliação especializada e organização da postura: para melhor aprendizagem dos estudantes com deficiência, assegurando a inserção da prática desses esportes no cotidiano dos atletas paralímpicos.

Durante o circuito, todos os participantes puderam experimentar as três modalidades esportivas (Paratletismo, Bocha e Parabadminton) demonstradas pelos professores da Associação de Clubes de Esportes Adaptados (Aceab/Tuna Luso).

Direito à prática de esportes

"Hoje, convidamos 22 estudantes para representar os mais de 2 mil estudantes matriculados na rede municipal com deficiência. A sociedade precisa compreender que as pessoas com deficiência têm direito de praticar esporte. E é isso que estamos promovendo e incentivando neste I Circuito Paralímpico”, ressalta Tatiana Maia, coordenadora do Crie.

Para Edvania Ferreira Pena, mãe do Pedro Henrique, 7 anos, que tem paralisia cerebral e é aluno do primeiro ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Honorato Filgueiras, ver o filho competir foi uma alegria misturada com satisfação: "querendo ou não, o esporte é um meio de inclusão que ajuda na adaptação e desenvolvimento dele em outras atividades", avalia Edvania.

Ao final do evento esportivo, todos os atletas ganharam um brinde de recordação.

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