05/07/2023 às 08h28min - Atualizada em 05/07/2023 às 08h28min

Galeria Theodoro Braga receberá mostra “Floresta Negra”

A mostra é criação do artista baiano Anderson Santos

com edição da Redação Belem.com.br
Agência Pará
Divulgação
A mostra “Floresta Negra”, do artista baiano Anderson Santos, estará em exposição a partir do dia 7 de julho, na Galeria Theodoro Braga, na Fundação Cultural do Pará (FCP). Trata-e de mais uma obra contemplada pelo Prêmio Branco de Melo 2023, que tem por objetivo ocupar as pautas das três galerias da Fundação. A abertura da nova exposição será no próximo dia 6, às 19h, com entrada gratuita, e segue com visitações até 28 do mês de agosto.

“Floresta Negra” é uma mostra que se utiliza de recursos de realidade aumentada para dar acesso a conteúdos audiovisuais a partir das pinturas expostas, transitando entre a produção de pinturas a óleo e digital, vídeos, e uma escultura digital. O público visitante contará com recursos tecnológicos, contando com um conjunto de 12 pinturas entre óleo sobre telas, um vídeo transmitido na TV da galeria e uma escultura em 3D, com o intuito de construir um espaço de intersecção onde a pintura, a realidade aumentada e o vídeo possam conviver sem atritos.

A exposição conta com um aplicativo chamado Eosliber, disponível para usuários de IOS e Android, para que os visitantes possam acessar o conteúdo em realidade aumentada contido em várias imagens ao longo da mostra, mas a experiência de visualização só se dará estando diante das obras que serão expostas.

Prêmio

O Branco de Melo foi pensado para dar vida às três galerias da Fundação Cultural do Pará, premiando artista de todo o país e incentivando a cultura. A nova exposição faz parte do edital publicados em 2022, mas a partir de outubro já será possível inscrever projetos para a edição de 2024. Os projetos contemplados englobam diversos tipos de obras artísticas como desenhos, pinturas, fotografias, instalações, artes integradas, dentre outras linguagens da arte contemporânea. 

O edital valoriza a pesquisa, a criação artística e a diversidade cultural brasileira que os artistas proporcionam em suas obras. Assim, apenas em 2023 o edital premiou 12 obras inéditas, até então não expostas no Estado do Pará.

“Entendemos que os editais públicos são instrumentos estratégicos para promovermos uma política pública democrática e transparente para o setor cultural, garantindo capilaridade, com o alcance às 12 mesoregiões do Estado, e também, contemplando todas as expressões e segmentos do setor cultural. Para isso, contando com a sensibilidade do governador para fomentar e incentivar a produção e a circulação de bens culturais. Diversos editais já foram lançados, com critérios que buscam minimizar distorções como a concentração de investimentos para a área metropolitana e a ausência de políticas para as minorias. Outros produtos do programa ainda serão lançados, gerando mais oportunidades para o segmento cultural”, informa o presidente da Fundação Cultural do Estado do Pará, Thiago Miranda.

O presidente adianta ainda que a expectativa é promover a injeção de mais de 120 milhões de reais no segmento cultural para os próximos quatro anos, sendo a metade deste investimento com recursos próprios da Fundação Cultural do Pará e o restante via incentivo fiscal. Em paralelo, o Programa Semear recebeu uma ampliação substancial em quatro anos, saindo de 3 milhões para 15 milhões por ano, por meio da renúncia fiscal, numa parceria com a Secretaria de Estado da Fazenda. 

Artista

Anderson Santos nasceu em Salvador, Bahia, em 1973. É um pintor figurativo, que transita entre as técnicas do óleo, trabalhando principalmente sobre tela, cartão e madeira. Graduado em Artes Plásticas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), expôs nas principais capitais brasileiras. Participou na Itália da Expoarte em Milão, em ocasião da Expo 2015 e da Esposizione Triennale delle Arti Visive em Roma. Possui obras em coleções particulares e fundações no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos.

O artista contou a origem da ideia para a exposição, e como os seus filhos ajudaram no preparo. “Tenho dois filhos pequenos e eu tinha o costume de quase todas as noites ler histórias infantis para eles, e foi quando eu percebi que a maioria das histórias tinham florestas, selvas ou lugares com densas vegetações. Comecei então a relacionar esta descoberta do protagonismo da floresta como lugar onde surgem, com o momento de agora, dessa era antropocênica que vivemos e do obscurantismo político mundial, e em particular, com o cenário local”, descreve o artista.

“A escuridão da floresta se dá porque nós não ousamos conhecê-la de verdade e nem podemos, porque ela se prefigura como território maior da nossa imaginação. Nele projetamos todos os nossos medos, desejos e anseios. Hoje muitos ouvidos se voltam para as vozes que vêm de dentro do escuro das florestas do mundo. Tentam criar novos tipos de relações com os saberes dos povos que, ao longo dos séculos, cultivaram outros modos de viver, diversos do modelo em que vivemos, isto porque o modelo vigente está afundando, como a cidade de Veneza”, finaliza Anderson Lima.

Serviço

Mostra “Floresta Negra”

Abertura: Próximo dia 6, às 19h, com visitações até 28 do mês de agosto.
Período de visitação: segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. 
Endereço: Av. Gentil Bittencourt 650, Nazaré, subsolo.
Entrada gratuita.
 
 
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