24/07/2023 às 08h43min - Atualizada em 24/07/2023 às 08h43min

Ação 'Um Dia no Parque 2023' traz número recorde de participantes

Parque Estadual do Utinga, em Belém, foi um dos espaços onde o público pôde aproveitar uma programação que deu ênfase à preservação ambiental

com edição da Redação Belem.com.br
Agência Pará
Ascom Ideflor-bio
O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) teve número recorde de Unidades de Conservação (UCs) participantes na campanha “Um Dia no Parque 2023”. O Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna”, em Belém, foi um desses espaços onde o público teve a oportunidade de aproveitar uma programação que deu ênfase à preservação do meio ambiente.

A campanha é uma iniciativa da Coalizão Pró-Unidades de Conservação, com apoio de órgãos governamentais e instituições da sociedade civil. No Pará, o Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) foi uma das organizações que atuaram na mobilização.

Além da capital paraense, as atividades também foram realizadas nas UCs federais, estaduais e municipais de Afuá, Belterra, Bragança, Itaituba, Juruti, Monte Alegre, Oriximiná, Parauapebas, São Geraldo do Araguaia e Santarém. A maioria das ações ocorreram neste domingo (23), data oficial da campanha, mas a programação se estende até agosto.

Com o tema “É hora de cuidar do nosso lar”, a iniciativa foi realizada em mais de 300 UCs do país e a expectativa é superar o número de visitantes do ano passado. Para isso, no Pará, as áreas protegidas organizaram 20 tipos de atividades para divertir e ensinar pessoas de todas as idades.

No Parque Estadual do Utinga, a população teve a chance de conhecer mais detalhes sobre o Projeto de Reintrodução e Monitoramento de Ararajubas na Região Metropolitana de Belém, executado pelo Ideflor-Bio, em parceria com a Fundação Lymington de São Paulo. Em oito anos, a ação já devolveu mais de 45 ararajubas aos céus da Grande Belém. 

Além do trabalho de educação ambiental, também foram oportunizadas atividades recreativas a preços acessíveis, como trilhas monitoradas, descida de rapel, tirolesa e bóia cross, além do tradicional passeio de bicicleta.

Quem aproveitou a programação foi a estudante Alícia Machado, de 16 anos. Ela é moradora de Igarapé-Açu, município da região nordeste paraense e sempre que vem à Belém gosta de vir ao Parque Estadual do Utinga. “Aqui é um bom lugar para passear em família, porque a gente pode fazer trilhas, esportes radicais e, também, andar de bike”.

Há quase um ano morando no Pará, o casal baiano Jean e Daisy Machado, afirmou que o Parque é uma ótima opção de lazer não apenas durante o mês de julho. Eles disseram, ainda, que o local é bonito, bem estruturado, com boa oferta de serviços e sinalização adequada para a prática segura de caminhadas, ciclismo e outras atividades ao livre. 

“É sensacional trazer as crianças para terem esse contato mais próximo com a natureza. Nosso filho mais velho veio ontem aqui, adorou participar das atividades radicais e, inclusive, tivemos a oportunidade de encontrar macacos e avistamos as raras borboletas azuis. Hoje, optamos por trazer o nosso bebezinho porque é um local aberto, ventilado, ideal para um recém-nascido”, detalhou o casal.

O gerente da Região Administrativa de Belém, Ellivelton Carvalho, afirmou que a campanha foi uma ótima oportunidade para apresentar à sociedade a importância da UC e da conservação dos recursos naturais. “É importante que a população tenha consciência que é do Parque Estadual do Utinga, local que abriga os lagos Bolonha e Água Preta, que sai 60% da água que abastece a Grande Belém. Além disso, este espaço é berço para inúmeras espécies da fauna e da flora amazônica, o que por si só, já é uma riqueza sem precedentes”.

Mobilização

Este ano teve o maior número tanto de locais quanto de cidades paraenses participantes da mobilização, que ocorre em todo o Brasil, desde 2018. A ideia da ação é incentivar que as pessoas visitem as UCs e passem a se engajar na defesa delas. No ano passado, mais de 100 mil pessoas participaram da campanha no país.

De acordo com a pesquisadora do Imazon, Camila Trigueiro, a iniciativa é muito importante porque estimula a consciência das pessoas a respeito da preservação das UCs. “Muita gente frequenta o Parque, sem nem saber que é uma UC. Portanto, ter essa explicação, ter esses momentos de educação ambiental, aproxima as pessoas da floresta e faz com que essa vivência engaje elas a compreenderem que a gente tem que manter a floresta em pé”.
 

 

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