08/08/2023 às 09h32min - Atualizada em 08/08/2023 às 09h32min

Movimento dos Atingidos por Barragens realiza protesto em forma de ‘barqueata’ em meio aos Diálogos Amazônicos em Belém

Com o mote “De Mariana a Amazônia, somos todos atingidos”, MAB usou barcos no Rio Guamá em protesto contra violações de direitos

com edição da Redação Belem.com.br
Elck Oliveira
Divulgação
Na manhã de segunda-feira (7), o Movimento dos Atingidos por Barrragens (MAB) realizou a barqueata “De Mariana à Amazônia, somos todos atingidos”, em protesto por um modelo de transição energética inclusivo, contra as mudanças climáticas, as violações de direitos pelos grandes projetos de engenharia e pela preservação da floresta com melhoria de vida de sua população.
 
Com dezenas de barcos e mais de 150 manifestantes, o ato contou com a participação de um grupo de atingidos pelo crime da Vale e BHP Billiton na Bacia do Rio Doce, em Minas Gerais e Espírito Santo.
 
“É preciso debater e marcar outras agendas para que possa haver mais diálogo e mais explicações sobre as mudanças climáticas, os impactos de grandes projetos como a Hidrovia Araguaia-Tocantins, que irá atingir diretamente o município”, alertou Larissa dos Santos Farias, atingida pela Hidrelétrica de Tucuruí, no município de Cametá-PA, integrante do MAB.
 
Transição energética

No domingo (6), foi realizado o Seminário Nacional “Desafios da Transição Energética Popular na Amazônia”, construído pela Plataforma Operária e Camponesa da Água e Energia (POCAE). A atividade buscou construir pontos de unidade rumo a um projeto energético popular para o Brasil e contou com a presença de lideranças de diferentes organizações que atuam na Amazônia.
 
O seminário girou em torno de sete pontos, debatendo a necessidade de espaço e maneiras de realizar uma transição justa, incluindo todos e todas que serão afetados. “Tem um sistema econômico que está pensado para destruir, pensado de cima para baixo. Que chama de recursos o que nos chamamos de natureza. A nossa mudança de chave tem que ser aquela que parte dos nossos territórios", afirmou o padre Dário Bassi, da Rede Eclesial Panamazônica na abertura do debate. “No Brasil, quanto mais verde a energia, piores são os empregos”, ponderou um dos participantes do seminário.
 
Outras atividades

Desta segunda (7) até a próxima quarta-feira (9) acontecem ainda a Assembleia e a Marcha dos Povos da Terra pela Amazônia em paralelo à Cúpula da Amazônia que começa nesta terça (8) e reunirá os chefes dos executivos dos oito países amazônidas.

 

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