18/06/2020 às 13h16min - Atualizada em 18/06/2020 às 13h16min

Canaã dos Carajás: primeira cidade inteligente do Brasil

Município é um dos parceiros de universidades públicas na implantação do conceito de Smart City

Equipe belem.com.br
Com edição do belem.com.br
Equipe da prefeitura de Canaã dos Carajás durante a viagem a São Carlos, em São Paulo. À direita, o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico do município, Jurandir José dos Santos (Foto: Divulgação)
          
A cidade de Canaã dos Carajás, no sudeste do Pará, deve ser a primeira cidade do País a se tornar inteligente, seguindo o conceito de Smart Cities, que está sendo desenvolvido por diversas universidades brasileiras, entre as quais a Universidade Federal do Pará (UFPA) e a Universidade de São Paulo (USP), instituição líder do projeto IARA (Inteligência Artificial Recriando Ambientes). Canaã é um dos municípios parceiros desse projeto, uma inovação no País.
 
O projeto prevê a utilização de tecnologias como Inteligência Artificial e Internet das Coisas para gerar eficiência nas operações urbanas das cidades, além do estímulo à implantação de startups e spin offs (empresas jovens de tecnologia, sediadas em Canaã dos Carajás) e à formação de mão de obra qualificada para atuação em diversas áreas tecnológicas.
 
Em 2019, Canaã dos Carajás realizou convênio com a UFPA para a realização de estudos para que a cidade se torne uma Smart City  (cidade inteligente).
 
Segundo o coordenador de fomento econômico da cidade, Jorge Trajane, agora em 2020 foi aprovado o segundo convênio com a UFPA, que já está em fase final de tramitação para assinaturas, para aquisição, implantação de um DataCenter e treinamentos gratuitos para inclusão dos jovens da cidade no projeto.
 
“Os trâmites estão demorando mais do que o esperado por conta da pandemia do novo coronavírus, mas acredita-se que até o próximo mês de julho tudo possa ser finalizado”, detalha.
 
Trajane é um dos entusiastas desse trabalho, ao lado do ex-secretário de Desenvolvimento Econômico de Canaã, Jurandir José dos Santos, e do prefeito Jeová Andrade. Os três, inclusive, chegaram a ir até São Carlos, em São Paulo, no início deste ano, para conferir de perto o trabalho que é desenvolvido pela USP, um referência também na incubação de startups e spin offs.
 
Jurandir José dos Santos ressalta os benefícios futuros que deverão advir dessa iniciativa. “Esse é um projeto que visa fortalecer a economia através das startups e estimular o jovem à criatividade, além de tornar Canaã dos Carajás uma cidade cada vez mais voltada à inovação e tecnologia”, destaca.
 
Para ele, esse é um eixo muito importante de trabalho, porque liga o presente e o futuro da cidade. “Ver essa experiência de perto lá em são Paulo foi muito interessante para nós, pois nos colocou linkados com o que há de maior e melhor no Brasil e no mundo em termos de tecnologia. Esperamos que, com isso, Canaã venha colher grandes resultados, alavacando na área da tecnologia, tudo, é claro, através dos recursos da mineração”, completa Jurandir José dos Santos.
 
Assim, o projeto também visa implantar na cidade vários cursos livres gratuitos para preparar o jovem de Canaã dos Carajás para participar deste projeto e, a longo prazo, o fomento às startups será uma grande fonte de emprego e renda para esses mesmos jovens, em especial para aqueles que serão formados no Polo Educacional de Canaã, que já é uma realidade, com a formação de profissionais nas mais diversas áreas, os quais utilizam a informática como ferramenta ou como fim.
 
Canaã 2035
 
Em 2015, o governo de Canaã dos Carajás elaborou o programa Canaã 2035. Dentre as ações programadas, estava a criação do Fundo Municipal de Desenvolvimento Sustentável, com 5% do CFEM (Contribuição Financeira pela Exploração Minerária), recebido pelo município, como fruto de exploração minerária.
 
A Lei foi aprovada na Câmara em dezembro de 2016 e, inicialmente, previa que o Fundo emprestaria recursos a empresas de Canaã dos Carajás como uma alternativa para desenvolvimento de outras atividades na cidade, para além da questão minerária.
 
Em 2018, a Lei do Fundo foi modificada e incluiu outras formas de fomentar o desenvolvimento econômico, como a verticalização de cadeias produtivas primárias e o fomento ao desenvolvimento de sistemas de computador de utilidade pública.


 

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