A Prefeitura implantou, de janeiro a junho de 2021, sinalização vertical e horizontal de seis vias, totalizando 10.250 metros de reformas. (Foto: Igor Brandão / Arquivo Agência Pará)
Belém do Pará comemora, nesta quarta-feira (12), 406 anos de fundação. A capital paraense tem 1.065 quilômetros quadrados. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2021, Belém tinha população estimada de pouco mais de 1 milhão e 500 mil habitantes. Por ter esta extensão territorial e população, um dos grandes desafios das gestões públicas que passam pela administração municipal é elaborar políticas que consigam suprir as necessidades dos munícipes ao que tange à mobilidade urbana.
A Prefeitura de Belém, por meio da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob), implantou de janeiro a junho de 2021, sinalização vertical e horizontal de seis vias, totalizando 10.250 metros de reformas. No setor de manutenção semafórica foram 1.200 ocorrências atendidas, com atividades de manutenção preventiva, de sincronização e consertos, entre outras ações. O que totaliza uma média de 200 ações por mês.
Belém recebeu ações de sinalização vertical e horizontal em 2021. (Foto: Mácio Ferreira / Agência Belém)
A Semob entregou revitalização e reforço de sinalizações nas seguintes vias: Estrada do Maracacuera com Rua da Brasília; rua Dr. Moraes com avenida Conselheiro Furtado e travessa Diogo Móia com rua com 9 de Janeiro.
A nova ciclofaixa da avenida Pedro Miranda acrescentou 2,7km à malha cicloviária de Belém, com possibilidade de interligação a diversas outras ciclovias e ciclofaixas da cidade. Atualmente, a malha cicloviária é de 114 km em 41 vias. Em 2021, a Semob sinalizou 5.150 metros de ciclofaixas nas avenidas Pedro Miranda, Visconde de Souza Franco (Doca) e Independência.
Mas, buscar medidas que sanem os problemas de mobilidade urbana não se restringe apenas às gestões públicas. Os moradores de Belém também buscam ir ao trabalho e para outras obrigações de outras maneiras que fujam do trânsito intenso da capital. O gerente-administrativo Edielson Trindade mora no bairro do Jurunas e vai ao trabalho, no bairro do Reduto, de bicicleta. Para ele, se locomover sobre duas rodas em Belém ainda é arriscado.
"A mobilidade urbana na cidade, para quem utiliza bicicleta, é muito complicada porque na região central quase não há ciclovias. Para mim, que vou e volto do trabalho de bicicleta, é ruim. Creio que a gestão pública poderia olhar com mais atenção para a questão da segurança dos ciclistas", comentou.
Edielson Trindade com a bicicleta que utiliza para ir ao trabalho diariamente. (Foto: Arquivo pessoal)
Ações públicas
Segundo Semob, a gestão pública da cidade realizou em 2021, com relação à mobilidade urbana, a implantação de duas fases do programa "Integra Belém", oferecendo à população 25 novos serviços. A iniciativa visa promover mais qualidade ao transporte público coletivo por ônibus, com a criação de novas linhas, maior oferta de integração entre as viagens e alteração de itinerários, para dar velocidade no trajeto e melhorar a mobilidade.
O programa garante, ainda, a integração ao BRT, por meio dos terminais Mangueirão, que passou a operar com toda a sua capacidade, Maracacuera e São Brás.
O vendedor Luiz Trindade, também morador do bairro do Jurunas, precisa diariamente se locomover a vários pontos de Belém e da Região Metropolitana. Atualmente, de acordo com ele, para chegar a algum lugar, precisa sair com bastante antecedência de casa. "Agora, para chegar às 9h na casa do cliente, tenho que sair duas horas antes. Os ônibus estão custando muito a passar", desabafou o vendedor.
Segundo a Semob, Belém tem, atualmente, 2.017 ônibus rodando na capital e RMB. (Foto: Mácio Ferreira / Agência Belém)
Frota de ônibus
Conforme repasse feito pela Semob, Belém tem, atualmente, 2.017 ônibus, sendo 1.235 de linhas municipais e 782 de rotas metropolitanas.