Os rodoviários da empresa Monte Cristo paralisaram as atividades nesta quinta-feira (7). Os ônibus da empresa, que tem cerca de 700 funcionários, estão parados nas garagens desde as 4h. Nesta manhã, várias paradas localizadas na rota dos coletivos estavam lotadas de passageiros. O movimento de paralisação afeta cerca de 29 mil passageiros.
Por meio de nota, a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) comunicou que: "as pautas apresentadas pelos rodoviários da empresa Monte Cristo, referem-se a questões trabalhistas que dizem respeito à relação empregador-empregado. Sensível ao pleito, a Semob acompanha o caso para assegurar que a empresa garanta o pronto restabelecimento da prestação do serviço, inclusive com a aplicação das devidas penalidades, e espera que as questões trabalhistas sejam resolvidas", informou a Semob.
A Superintendência ainda informou que vai realizar um reordenamento em outras linhas do transporte público, para que as consequências aos passageiros sejam amenizadas. "Durante o período de paralisação, para não deixar os usuários desassistidos, a Semob determinou que as demais empresas, com linhas que têm itinerários sobrepostos aos da Monte Cristo, reforcem suas frotas enquanto durar a paralisação", sinalizou.
Relatos
Moradores dos bairros da Guanabara/Pedreirinha e Águas Lindas, localidades que são atendidas pela linha Pedreira Lomas - Linha B, da empresa Monte Cristo, reclamam do mau atendimento que é oferecido à população do bairro. Só em 2022, é a segunda vez que o serviço do transporte público é cortado nos bairros, sem aviso prévio.
Segundo um leitor do portal Belem.com.br, que pediu para não ser identificado, na última segunda-feira (4), subiu no ônibus do Pedreira Lomas - Linha B na travessa Padre Eutíqueo, em frente ao colégio Santa Rosa. Quando o coletivo chegou ao shopping Pátio Belém, começou a apresentar falha nos freios.
Os passageiros que estavam no ônibus foram repassados a coletivos que vinham atrás. Porém, outro Pedreira Lomas - Linha B demorou quase uma hora para passar.
"Fiquei quase uma hora na parada esperando outro ônibus. Estava chovendo e ficanco perigoso. Hoje, quando entro no ônibus, peço a Deus que ele não fique no prego. É uma preocupação diária. Isso é muito ruim", desabafou.