17/11/2022 às 16h03min - Atualizada em 17/11/2022 às 16h03min

Estabelecimentos que vendem açaí passam por vistoria na Pratinha, em Belém

Pessoas com a doença de chagas foram diagnosticas no bairro

Com edição da Redação Belem.com.br
Agência Belém
A meta é vistoriar 13 estabelecimentos no bairro da Pratinha. (Foto: Ascom / Sesma)

                                                                                                                     
Oito estabelecimentos que vendem açaí no bairro da Pratinha já foram visitados pela pela Prefeitura de Belém, por meio da equipe técnica da Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma).

As visitas técnicas iniciaram na quarta-feira (16), e seguem até sexta-feira (18), quando 13 estabelecimentos deverão ser visitados, após pacientes diagnosticados com a doença de Chagas relatarem ter consumido açaí antes de apresentarem os sinais e sintomas característicos da doença.

A coordenadora da Casa do Açaí, Estela Avelar, que coordena as visitas técnicas nos pontos de venda do produto no bairro da Pratinha, explica que a Sesma vem atuando na fiscalização destes estabelecimentos que vendem açaí em toda a capital paraense.

"Hoje, em Belém, existem de 5 a 7 mil estabelecimentos que comercializam o açaí e apenas pouco mais de mil são cadastrados pela vigilância. Então, esse trabalho de fiscalização e educação acaba sendo bem desafiador e ao mesmo tempo muito importante", ressalta a coordenadora.

O trabalho de fiscalização e de educação em relação às boas práticas se higiene e manuseio do açaí realizado pela equipe da vigilância sanitária é baseado no Decreto Estadual N°326 de 2012. Baseado neste documento, a equipe repassou aos batedores de açaí do bairro da Pratinha as orientações em relação aos cuidados e o manuseio com o produto.

"A gente enfatiza os procedimentos que devem ser adotados, especialmente em relação à higienização dos produtos. Como a catação, peneiramento, lavagem e branquiamento. Esses procedimentos são importantes para evitar doenças transmitidas pela falta de higienização dos alimentos", explica Estela Avelar.


Ações educativas

Dos quatro estabelecimentos visitados, três foram cadastrados e notificados em setembro pela equipe da Vigilância e estão em processo de regularização. Mas, além das fiscalizações nos pontos de venda de açaí, os donos dos estabelecimentos participam de ações educativas.

Daniel Maia, dono de um estabelecimento no bairro, destacou a importância da iniciativa. "Essas orientações são importantes para que a gente possa se adequar para fornecer um açaí de qualidade para os nossos clientes. Ninguém quer ficar sem emprego e sem trabalho, que é de onde a gente tira o pão de todos os dias e, ao mesmo tempo, queremos a saúde dos nossos clientes. Então, essas ações são bem vindas".

Ana Fayed trabalha há 8 anos com venda de açaí no bairro da Pratinha. Ela conta que já havia recebido as orientações repassadas pela vigilância sanitária para a higienização do açaí e que as coloca em prática no dia a dia do trabalho. "É um alimento, que todo mundo gosta, então a gente procura colocar em prática essas orientações todos os dias", reforça.

Notificação - A Sesma reforça que, até o momento, foram confirmados pelo Instituto Evandro Chagas (IEC) nove casos de doença de Chagas no bairro da Pratinha. Mais onze casos foram notificados pelo órgão municipal de Saúde e aguardam confirmação.

Como todos os pacientes relataram ter consumido açaí antes de apresentarem os sinais e sintomas característicos da doença, 13 pontos de venda de açaí, localizados próximos às casas dos pacientes, estão sendo visitados pela equipe técnica do Departamento de Vigilância Sanitária (Devisa) do município.

A Sesma também segue com equipes na área, fazendo o trabalho de vigilância e educação em saúde e distribuição de informativos para a população sobre a doença. 

Os locais aptos para a realização do exame que detecta a infecção são: unidades básicas de Saúde (UBS) da Carmelândia, Marambaia, Satélite, Pratinha, Tapanã, Telégrafo, Terra Firme, Providência, Paraíso dos Pássaros, Carananduba, Outeiro, Mosqueiro, Águas Lindas, Bengui II, Cabanagem, Curió-Utinga, Maguari, Guamá, Icoaraci e Jurunas, além das Estratégias Saúde da Família (ESF) Água Cristal, Parque Guajará, Águas Negras e Tenoné.


Serviço

Quem apresentar sintomas da doença de Chagas, como Febre, aparecimento de gânglios, crescimento do baço e do fígado, alterações elétricas do coração e/ou inflamação das meninges nos casos graves, pode telefonar para o Plantão da Divisão de Vigilância Epidemiológica, no telefone (91) 98417-3985 ou (91) 3184-6128.

Denúncias sobre a venda de açaí sem a higienização necessária podem ser feitas pelo e-mail da Devisa ([email protected]) com descrição da denúncia, foto se possível do alimento ou nota fiscal.


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