Segundo a modelo, a companhia aérea Qatar Airways, por onde comprou o voo da volta, queria obrigá-la a comprar uma passagem na classe executiva.. (Foto: Reprodução/Instagram)
Há dois dias, a modelo e influenciadora Juliana Nehme tenta embarcar em uma viagem de volta do Líbano, país onde a mãe nasceu e que sonhava conhecer. Por cinco anos, ela economizou para conseguir arcar com os custos da viagem, mas, ao tentar voltar ao Brasil, foi impedida por ser gorda.
O relato foi compartilhado por ela através de stories do Instagram. Segundo a modelo, a companhia aérea Qatar Airways, por onde comprou o voo da volta, queria obrigá-la a comprar uma passagem na classe executiva.
Ela disse ter adquirido a passagem por U$S 1 mil (cerca de R$ 5 mil). O preço da passagem executiva é U$S 3 mil (cerca de R$ 15 mil), um valor que a influenciadora não possui.
“Chegando na hora de fazer o check-in, uma aeromoça da Qatar chamou minha mãe e disse a ela que eu não era bem-vinda para embarcar porque sou gorda”, disse Juliana. Ela, a mãe, a irmã e o sobrinho tiveram as passagens retidas.
A influenciadora ainda alegou ter sido ameaçada e empurrada por uma funcionária ao tentar registrar a situação. Após duas horas tentando negociar com a companhia, a irmã e o sobrinho conseguiram embarcar, mas ela e a mãe continuam no país.
“Fui extremamente humilhada na frente de todas as pessoas que estavam no aeroporto. Tudo isso porque sou gorda”, escreveu.
Juliana agora conta com o apoio do projeto Gorda na Lei, que busca advogados que atuam com direito internacional na região do Líbano para tomar as providências jurídicas cabíveis.
Nesta quinta-feira, 24, a modelo confirmou que está recebendo suporte do Consulado e do embaixador do Brasil no país e está sendo ajudada “de todas as formas possíveis”.