01/12/2022 às 11h33min - Atualizada em 01/12/2022 às 11h33min

TRE Pará abre exposição sobre os 100 anos da Semana de Arte Moderna

A mostra reúne pinturas, esculturas e objetos de estilo modernista, em sua maioria de autores paraenses

Com edição da Redação Belem.com.br
Com informações da Ascom do TRE-PA
A exposição homenageia grandes artistas da Semana de Arte Moderna Brasileira como Tarsila do Amaral. (foto: Reprodução/Internet)


O Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE do Pará) abre no próximo dia 30 de novembro, no Centro Cultural da Justiça Eleitoral do Pará – CCJE, às 17h30, a exposição “Místicos e Bárbaros: Cor, Sabor e Fé”, em comemoração aos 100 anos da Semana de Arte Moderna Brasileira. A mostra temporária integra o Projeto Museográfico do regional e segue até o dia 19 de dezembro, com visitação gratuita, de segunda a sábado, das 8h às 15h e domingos das 9h às 13h.

A exposição reúne pinturas, esculturas e objetos de estilo modernista, em sua maioria de autores paraenses, ou que representam a cidade de Belém, o Pará ou a Amazônia. As obras pertencem a acervos pessoais de advogados, juristas e membros do Poder Judiciário paraense, como a presidente do TRE do Pará, desembargadora Luzia Nadja Guimarães Nascimento e Manoel Santino Nascimento; o procurador Regional da República, José Augusto Potiguar e Yeda Potiguar e acervo sob gestão de Silveira Athias Advogados, com coleção de Jorge Alex Athias; Afonso Lobato e Viviane Lobato Sobral. Entre as obras que estarão em exposição está a tela “Energia Livre”, de Pepê Condurú.

A curadoria é do professor de História da Universidade Federal do Pará (UFPA), Aldrin Moura de Figueiredo. Foi ele quem sugeriu o nome da exposição, baseado no livro "Místicos e Bárbaros", do poeta e dramaturgo paraense Antônio Tavernard. “Nesta exposição, tomamos o título do poeta Antônio Tavernard, para refletir sobre uma modernidade expandida na arte brasileira, entre o século XIX e a contemporaneidade. Antes de mais, essa seleção de obras, provenientes de acervos de galerias privadas, nos levam a refletir sobre os modos de interseção da arte com ethos local naquilo que temos de mais universal – o corpo e suas expressões antropofágicas: o sabor do alimento e o alimento da fé”, justifica.

A linha curatorial seguirá o modernismo em três eixos: corpo, sabor e fé. “Na Amazônia, o corpo está no barro, na madeira, na água, formas sensoriais e antropomórficas da relação humano-animal, no monstruoso e no bestial, na ancestralidade e no mais íntimo do ser'', diz sobre o corpo.

Com relação ao sabor, o curador destaca que “das naturezas-mortas do século XIX às vasilhas indígenas apropriadas pela arte decorativa do modernismo, temos uma inflexão sobre o peso do alimento, a falta dele, os sentidos simbólicos e, fundamentalmente, aquilo que nos aproxima e nos torna únicos”, reforça.

Sobre a fé, ele destaca que não se trata apenas do credo e da crença, da doutrina e do dogma,“mas da religião como campo simbólico da cultura”, resume.

A equipe responsável pela exposição será composta pelos servidores integrantes da Assessoria Especial de Gestão da Memória, Cultura e Biblioteca (Asmemo) e do Grupo Gestor do Centro Cultural da Justiça Eleitoral do Pará (GGCCJE).


 


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