22/04/2020 às 18h47min - Atualizada em 22/04/2020 às 18h47min

O teatro nos tempos de coronavírus

Como ficam os espetáculos? Os teatros estão fechados, mas as apresentações continuam, ora!

Fernando Matos

Fernando Matos

Fernando Matos é ator, autor, diretor teatral e professor. Sua paixão por teatro surgiu desde a infância.

Fernando Matos
Em virtude da crise do Coronavírus, um número cada vez maior de atores paraenses oferece seus programas on-line ou mesmo trechos de gravações de vídeos de suas apresentações passadas. Além disso, os atores e atrizes de diversos grupos teatrais apresentam poesias, contos e causos para as pessoas que estão em suas casas, trabalhos e hospitais, confinados pela pandemia que assola o mundo. Para isso, lançam mão de enorme coleção bibliográfica e lêem ou representam textos curtos de autores conhecidos ou não.

Sejam improvisações cômicas, conversas com autores, atores, músicos ou uma rodada de discussões nas famosas lives, o teatro continua fazendo a sua parte social em busca do entretenimento, da informação e da educação de todos aqueles que se resguardam temendo a contaminação.

O Grupo de Teatro Encenação, em Belém, por exemplo, oferece um grande repertório de quadros teatrais em seu projeto especial denominado "QUARENTENA TEATRAL", uma variada mistura de esquetes cômicas, trágicas, farsas, dentre outros, no seu portal de internet. Quem desejar poderá conferir e se divertir com o que essa trupe anda aprontando, mesmo estando fora dos teatros. As apresentações são na página do facebook "Grupo de Teatro Encenação Cultural do Pará" e no instagram @grupoencenacaopa.

O movimento ganha força entre atores, diretores e produtores, que incrementam uma interessante reflexão sobre o caráter efêmero do ofício. E passam a colocar à disposição do público o seu glamouroso trabalho nas plataformas gratuitas da internet com o único propósito de não deixar que o espetáculo pare. 
Essa é a prova de que o teatro não morre, nem de gripe, muito menos de coronavírus. E, até desse jeito on-line, ele vive de boca em boca.

Ainda que as cortinas estejam cerradas, grande parte dos atores do Pará ainda permanecem visíveis aos olhos do público na intenção de driblar o isolamento social para trazer um pouco mais de conforto a todos. Mesmo com o universo de outras atrações em "streaming", as pessoas querem ver teatro. O que nos custaria, portanto, disponibilizar os vídeos, se há público para consumi-los?
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