Fernando Matos é ator, autor, diretor teatral e professor. Sua paixão por teatro surgiu desde a infância.
Fernando Matos
Atualmente, os Grupos e Cias se preparam apresentando os Autos de Natal, as Cantatas e as tradicionais peças natalinas. (Foto: Reprodução/Fernando Matos)
Os espetáculos teatrais na Idade Média eram caracterizados por fortes elementos de caráter religioso. O tema central das apresentações eram as cenas de Natal, da Paixão, da Ressureição de Cristo e da vida dos Santos. Essas manifestações teatrais chamavam-se ludus e no começo eram realizadas no interior das igrejas. Com o passar do tempo o público teatral aumentou e as encenações exigiram que as representações fossem feitas em locais maiores, passando então a ser utilizado o adro (na frente) das igrejas ou um palco era construído para essa finalidade.
No século XII, os espetáculos litúrgicos passaram a se chamar mistérios, do latim ministerium; no sentido de agir, a palavra também significa drama. Com essa nova formação, o francês ocupou o lugar do latim, mas apesar desse ocorrido as características religiosas continuaram a ser temas constantes dos espetáculos teatrais. Aos poucos, nota-se nos temas teatrais o desligamento com os aspectos religiosos, tornando o enredo cada vez mais temporal. À medida que prosseguiu a temporalização, surgiram os temas cômicos, nesse momento as representações saíram dos adros das igrejas para as praças públicas das cidades.
No período medieval não existiam as casas de espetáculos e muito menos os teatros, com isso um palco provisório era confeccionado, espalhavam-se bancos nas praças para o povo e eram construídos camarotes ornamentados pela nobreza. Nos dramas litúrgicos, os atores eram os clérigos jovens: nas peças profanas eram os mascarados da cidade, artistas errantes. Do teatro dito profano, a peça mais popular era a Farsa do advogado Pathelin, de autoria desconhecida, a comédia era baseada na crítica feroz contra a esperteza dos advogados.
Outros gêneros do teatro profano foram a sotie e a moralidade. A sotie era uma sátira onde todos os personagens diziam a verdade porque estavam loucos, enquanto que a moralidade era uma apresentação de cunho moralista, onde os personagens simbolizavam o bem e o mal e nessa alegoria o bem sempre prevalecia.
Nos tempos atuais, por todas as partes do mundo, os Grupos e Cias se preparam para as festas de final de ano apresentando os Autos de Natal, as Cantatas e as tradicionais peças natalinas.
Retomando e ampliando o que já fizeram em outros anos, vários artistas criaram espetáculos sobre o tema natalino fazendo uma retrospectiva cômica do ano que passou.
O Natal é a festa mais bonita e mais importante do ano, data em que se comemora o aniversário de Jesus Cristo e em Belém, a programação teatral está recheada de atrações típicas da época. Os Grupos de teatro estão preparando uma grande festa com muitas surpresas, o que será um verdadeiro presente para a população que sonha e projeta uma cidade melhor, com mais dignidade e autoestima.
Todas as programações contam com shows religiosos, peças teatrais, apresentação de escolas, shows musicais e toda a magia que envolve o evento.
Escolha sua programação, agende-se e comemore o Natal da melhor forma possível!