01/03/2023 às 12h39min - Atualizada em 01/03/2023 às 12h39min

Vacina contra o HPV: entenda a importância do imunizante para crianças e adolescentes

A vacina é aplicada em meninos e meninas da faixa etária entre 9 e 14 anos

Agência Pará
Jader Paes / Agência Pará

Receber a proteção vacinal antes de ter contato com o vírus HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano) é o recomendado pelo Ministério da Saúde, por isso, o Governo do Estado reforça que crianças e adolescentes de ambos os sexos, entre 9 e 14 anos de idade (14 anos, 11 meses e 29 dias), e grupos em condições clínicas especiais entre 9 e 45 anos (vivendo com HIV/AIDS, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos) se previnam e se vacinem. 

“O HPV é uma Infecção Sexualmente Transmissível causada por um vírus que infecta pele ou mucosas (oral, genital ou anal), tanto de homens quanto de mulheres, provocando verrugas na região genital e no ânus, e que podem ser de baixo ou alto risco oncogênico, a depender do tipo de vírus. A vacina tem o caráter preventivo e nunca tratamento contra o HPV”, explica Jaíra Ataíde, coordenadora do Programa de Imunizações da Secretaria de Estado da Saúde do Pará (Sespa).

O esquema vacinal indicado para os adolescentes em condições normais é de duas doses, com intervalo de 6 meses entre a primeira e a segunda dose. E para as pessoas em condições clínicas especiais, o esquema vacinal é de três doses. O Estado é responsável por disponibilizar os imunizantes e incentivar o trabalho articulado entre a Estratégia Saúde da Família e escolas. As vacinas são disponibilizadas pelas Unidades Básicas de Saúde de cada município. 

Assim como fez com os seus filhos, a aposentada Elizabete da Rocha levou, em junho e dezembro de 2022, a neta de 10 anos para se vacinar com as duas doses contra o HPV. “Sempre ficava atenta ao calendário vacinal dos meus filhos e com a minha neta não é diferente porque sei da importância que essa prevenção tem, seja em relação ao câncer ou a outras doenças. Não deixo de incentivar a vacinação”, assegura. 

Cobertura vacinal – Em fevereiro deste ano, o Ministério da Saúde emitiu um alerta sobre a queda da cobertura vacinal contra o HPV nos últimos anos, que representa uma ameaça concreta à saúde de milhões de jovens brasileiros e pode desdobrar no aumento dos casos de infecção e cânceres evitáveis no futuro.

Em 2019, 87,08% das meninas brasileiras entre 9 e 14 anos de idade receberam a primeira dose da vacina. Em 2022, a cobertura caiu para 75,81%. Entre os meninos, os números também são preocupantes: a cobertura vacinal caiu de 61,55%, em 2019, para 52,16%, em 2022.

No Pará, a quantidade de pessoas vacinadas na faixa etária de 09 a 14 anos registra aumento nos últimos dois anos. Em 2021, 52,8 mil meninos e 90,8 mil meninas se vacinaram contra o HPV no Pará, enquanto em 2022, foram registradas as vacinações de 55,3 mil meninos e mais de 194 mil meninas. Essa imunização para os meninos é importante porque ajuda a prevenir contra o câncer de pênis, um dos alvos das ações contínuas e preventivas realizadas pela Sespa. 

Câncer de colo de útero – A vacina do HPV previne também contra o câncer de colo de útero, o segundo tipo mais incidente entre as mulheres na região Norte e responsável por mais de 1.700 mortes no estado desde 2018. O município de Belém é responsável por mais de 57% desses óbitos, que ocorreram, sobretudo, em mulheres na faixa de 30 a 50 anos. A coordenação de oncologia da Sespa informa que a estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) no ano de 2023 para o estado do Pará é de 830 casos, sendo 220 na capital Belém. 

Neste mês, a Sespa realizará programação sobre a campanha ‘Março Lilás’ com o objetivo de conscientizar a população sobre o tema e ajudar no enfrentamento do câncer de colo do útero.


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