Pelúcia para cachorros: conheça a relação do pet com os brinquedos

Os brinquedos de pelúcia em seus diferentes formatos e texturas ajudam a aproximar a relação do pet com o tutor, além de fortalecer os instintos do pet

Fernando Gago/Unsplash

Os animais de estimação precisam de atividades constantes, desde passeios a brincadeiras em casa com a família, tudo ajuda a mantê-los mais felizes e saudáveis, tanto física, quanto mentalmente. Porém não é sempre que o tutor tem tempo disponível para atender às necessidades do pet e, por isso, é sempre recomendado que o animal tenha com o que se distrair enquanto estiver sozinho, e os brinquedos são ideais para isso – além de salvarem alguns objetos e móveis da casa.

Os brinquedos de pelúcia são uma ótima opção por serem encontrados em diferentes texturas, formatos e sons que, além das brincadeiras e da distração, que já são positivas, ajudam a fortalecer o vínculo entre o pet e seu tutor, por meio das brincadeiras interativas e por enriquecer o ambiente, oferecendo uma espécie de “companhia” ao animal.

O cachorro destruiu o brinquedo novinho, ele não gostou?

É muito comum que o tutor compre um brinquedo para o pet e dê o presente todo empolgado, apenas para ver aquele bichinho de pelúcia completamente destruído dias, horas, ou até minutos depois. Pode ser bem desanimador, mas, na verdade, esse é sempre um bom sinal.

Como explica ao Canal do Pet a médica-veterinária Jade Petronilho, especialista da Petlove, ao destruir um brinquedo o cachorro está satisfazendo suas necessidades e mostrando o quanto gostou do presente.

“Muitas pessoas brigam com os cães e ficam chateadas por eles destruírem as pelúcias, mas quando eles fazem isso, estão mostrando que simplesmente adoraram o brinquedo”, diz a veterinária. “Quando eles ficam animados a ponto de tirar o ‘recheio’ rapidamente estão satisfazendo necessidades específicas e superimportantes da espécie”.

Pode-se dizer que, ao brincar e destruir um brinquedo, o animal está agindo como o faria se estivesse vivendo na natureza, como seus ancestrais. O cão enxergará naquele brinquedo uma presa que estão prestes a “arrancar as vísceras”.

Pode parecer estranho para os humanos, mas para o cães é natural. Basta ficar atento à forma como o pet segura o brinquedo com as patas e morde em um local específico, o chacoalha com a boca e o joga para cima.

Ao mesmo tempo em que está se divertindo com o brinquedo, ele está agindo de acordo com os próprios instintos.

Um bichinho de pelúcia, um brinquedo e uma companhia

É comum que as pessoas vejam o pet com um brinquedo favorito – que ainda não foi destruído – e associem essa relação como uma verdadeira amizade . Apesar de fofo, pode ser prejudicial para o animal e sua relação com os outros membros da família.

De acordo com Jade, em alguns casos a relação entre o pet e o brinquedo pode ir um pouco além, como filhotes órfãos ou cadelas com pseudociese (gravidez psicológica) , mas é importante que o tutor não estimule esse tipo de comportamento.

“Alguns cães ficam muito possessivos  com seus brinquedos e isso pode comprometer até mesmo sua qualidade de vida dependendo do grau de ‘dependência’”, diz Jade, que recomenda uma rotatividade para os brinquedos.

“Seja de pelúcia ou não, o ideal é sempre fazer um rodízio com os brinquedos dos pets, não os deixando sempre disponíveis e orientando o pet caso demonstre apego excessivo ou possessão.”

Para casos mais sérios, como o de pseudociese, quando as cadelas começam a fazer ninhos para cuidar de um brinquedo como se esse fosse realmente seu filhote, o recomendado é que o tutor busque ajuda de um profissional.

“Nesses casos, o ideal é consultar um médico-veterinário para cessar o problema da forma adequada. Nessa situação, as cadelas podem se mostrar mais agressivas e estressadas, o que pode comprometer o bem-estar. Castrar a cadela tende a fazer com que a questão cesse para sempre”, orienta a especialista.

Existe um formato ideal para um brinquedo de pelúcia?

Embora as pelúcias em formato de animais possam parecer os mais divertidos, na prática, o formato do brinquedo não faz tanta diferença.

“Porém os tutores precisam estar atentos se o pet não está ingerindo pedaços da pelúcia, seja do recheio, da costura ou da parte externa”, alerta a veterinária.

Jade ressalta ainda que, embora algumas marcas possuam pelúcias mais resistentes, que duram por mais tempo, esse tipo de brinquedo requer a supervisão dos tutores na maior parte dos casos.

Por isso, quando encontrar um brinquedo novo completamente destruído pela casa, o tutor pode se sentir satisfeito e feliz, sabendo que acertou em cheio na escolha.