Reprodução Surgida no Oriente Médio antes mesmo da construção das pirâmides do Egito, não se sabe ao certo quais raças a antecederam, embora alguns historiadores acreditem que tenham sido do cruzamento entre Galgos asiáticos e africanos, mais especificamente do Egito Antigo.
É estimado também que seu nome venha da antiga cidade de Saluk, no Iêmen. Com um grande talento para a caça de presas como gazelas e lebres devido à sua visão aguçada e alta velocidade, os Salukis eram muito valorizados por nobres e nômades, que os consideravam um animal sagrado, como um presente de Allah. Por isso, eles recebiam o nome de honra “El Hor”, que significa “O Nobre”.
No Egito, muito amados pelos faraós, esses cães eram mumificados juntos aos seus mestres. Devido à toda essa importância, o cruzamento de Salukis com outras raças era estritamente proibido - o que os manteve quase inalterados até os dias mais recentes, ainda que o padrão aceite uma grande variedade de estilos.
A raça se tornou mais conhecida no ocidente por volta dos anos de 1840 e ganhando maior popularidade após o final da Primeira Guerra Mundial, quando soldados britânicos levaram alguns Salukis de volta para casa.
Nos Estados Unidos, a raça se tornou reconhecida pelo American Kennel Club apenas em 1927. Um reconhecimento tardio, considerando que se acredita que tenha sido a primeira raça de cachorros a ser domesticada pelo homem, que hoje está entre os cães mais caros do mundo.
Personalidade
Mesmo com seu antigo histórico de cão de caça, o Saluki é um cachorro muito dócil, gentil e leal com a família – embora possam escolher um “ humano favorito ” e se apegar mais a ele.
Com pessoas estranhas costumam ser um pouco tímidos, mas dificilmente demonstraram qualquer comportamento agressivo. Podem viver bem com outros animais, mas especialmente com outros cães da mesma raça ou de porte parecido – um Saluki pode medir até 70 cm.
Com animais menores a convivência também é possível, desde que a socialização seja feita desde filhote – ou podem acabar enxergando uma possível presa em um animalzinho menor. Muito ágeis e inteligentes, eles são cães independentes e podem ser um pouco teimosos. É sempre recomendável o uso de reforço positivo para mantê-los interessados em um objetivo.
Não é indicado a criação de um pet da raça em casa menores ou apartamentos, ter um espaço amplo para que possam correr e brincar é importante para que se mantenham saudáveis e felizes.
Cuidados básicos
Com uma pelagem curta, suave e sedosa, que pode ser emplumada ou lisa, os Salukis podem ter partes um pouco mais longas nas regiões da cauda, orelhas e penas.
Apesar de delicados, os cuidados não são tão exigentes, bastando uma escovação semanal para evitar a formação de nós e uma pequena limpeza com um pano úmido já ajudará a mantê-lo bem limpinho.
Os banhos não são necessários com tanta frequência, apenas em casos de necessidade, como sujeiras após um longo passeio com brincadeiras, ou por recomendação de um médico-veterinário.
Cuidados com a saúde
Esses cães precisam viver em ambientes espaçosos onde possam correr e gastar energia, mas é importante que sejam muito bem fechados para que esse cão ágil não pule o muro ou cerca, podendo se perder ou sofrer um acidente.
Como um cão de grande porte que ama correr e brincar, é preciso ter muito cuidado com a torção gástrica, evitando sempre que o animal faça atividades físicas mais agitadas pouco após uma refeição ou após consumirem uma grande quantidade de água.
Doenças genéticas não são um grande problema para a raça, porém é indispensável que se faça visitas frequentes ao médico-veterinário para realizar check-ups.
Doenças como arritmia cardíaca, cardiomiopatia, hipotireoidismo e hemaniossarcoma (um câncer maligno encontrado nos casos sanguíneos e no baço) são problemas comuns da raça e podem ser evitados e tratadas com um diagnóstico precoce.
