03/04/2023 às 09h08min - Atualizada em 03/04/2023 às 09h08min

Operações da PC prendem 40 pessoas suspeitas de integrar o Comando Vermelho no Pará

Em uma das ações, o líder da facção no Estado morreu em confronto com a polícia

Com edição da Redação Belem.com.br
Agência Pará
Reprodução/Ascom PCPA

Seis grandes operações da Polícia Civil do Pará foram executadas em diferentes municípios, que resultaram na prisão de 40 investigados. As ações estavam ligadas ao cumprimento de mandados de prisão, e de busca e apreensão, contra suspeitos de integrarem a facção criminosa do Comando Vermelho. 

 

A Operação “Desmancha Vermelho” foi a mais recente. Realizada na última sexta-feira (31), no município de Cachoeira do Arari, no Arquipélago do Marajó, resultou em sete prisões. As investigações da polícia apontaram que os suspeitos teriam envolvimento com o sequestro de três pessoas no dia 25 de março, que durou 72h.

 

Antes dela, houve ações em Almeirim (Operação Reverbérios, com seis presos), em Soure (Operação Fora de Sintonia, com sete presos), em Abaetetuba (Operações Beja e Bastilha, com 14 presos) e em Uruará (Operação Cavalo de Troia, com seis presos).

 

Ainda em março, agentes da Polícia Civil do Pará atuaram em conjunto com forças de segurança do Rio de Janeiro para cumprir mandado de prisão contra líderes da organização criminosa que, mesmo a distância, ordenavam sequestros mediante extorsão, homicídios e o tráfico de drogas em território paraense.  

 

Morte de Leo 41

 

Nessa operação interestadual, um dos líderes foi morto em confronto com os agentes de segurança. Leonardo Araújo, conhecido pelo apelido de “L 41”, era o principal chefe do Comando Vermelho no Pará, conforme dito pela PC.

 

Segundo as autoridades policiais, Leonardo é um dos responsáveis por uma série de ataques que terminaram com as mortes de mais de 40 agentes de segurança pública no Pará, em 2021. Ele havia sido indiciado por seis crimes, incluindo latrocínio, e é investigado em outros 15.

 

O avanço das operações, a prisão dos investigados e a análise dos materiais apreendidos, principalmente telefones celulares, permitiram à polícia identificar outros integrantes e a dinâmica de atuação do grupo. 

 

"Nosso trabalho de monitoramento é intenso. Com isso, estamos conseguindo nos antecipar ao movimento de reorganização do grupo criminoso, após a morte do principal líder no Rio de Janeiro”, informa Walter Resende, delegado-geral da Polícia Civil do Pará.

 

Planejamento

 

Ele destaca que o resultado das operações vai além dos números. “Fechamos o mês com mais uma grande operação, que resultou na prisão de mais integrantes de grupos criminosos. Cada operação bem executada mostra a qualidade do planejamento das nossas ações e a força do trabalho integrado da segurança pública no enfrentamento a esses grupos e aos crimes cometidos por eles”, complementa o delegado-geral.

 

Na operação realizada em Cachoeira do Arari, dez aparelhos celulares e um caderno de anotações foram apreendidos. Todos passarão por perícia, e o conteúdo extraído será utilizado para ampliar as investigações sobre o grupo na região do Marajó.


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