11/04/2023 às 08h34min - Atualizada em 11/04/2023 às 08h34min

Custo da cesta básica pesa no bolso dos paraenses

A maioria dos alimentos básicos ficaram mais caros e com reajustes bem acima da inflação

Com edição da Redação Belem.com.br
Dieese Pará
Freepik.com

Segundo as pesquisas do Dieese Pará, no mês passado, pelo terceiro mês seguido, a cesta básica dos paraenses voltou a ficar mais cara. Ainda de acordo com as pesquisas, a cesta básica comercializada na capital paraense custou R$ 664,54 comprometendo na sua aquisição cerca de 55,00% do atual salário mínimo de R$ 1.302,00 (em vigor desde 01.01.2023). 

 

Com todos estes aumentos sequenciais nos preços dos alimentos básicos, o custo da cesta básica dos paraenses encerrou o 1º trimestre deste ano (Jan-Mar/2023) com alta acumulada de quase 4% percentual bem superior a inflação estimada para o mesmo período. Já nos últimos 12 meses (Mar/2022-Mar/2023), Belém segue com o maior reajuste acumulado registrado entre todas as capitais pesquisadas pelo Dieese.

 

De acordo com a Pesquisa Nacional da cesta básica de alimentos, efetuada pelo Dieese, no mês passado, das 17 capitais pesquisadas, 13 apresentaram redução de preços. Já em quatro, o custo dos alimentos ficou mais caro. 

O balanço efetuado pelo Dieese Pará mostra ainda que no mês passado, a maioria dos produtos que compõe a cesta básica dos paraenses ficou mais cara, com destaque para o arroz com alta de quase 8% seguido do leite com alta de 6,68%; manteiga com alta de 4,80%; feijão com alta de 1,86%; banana com alta de 0,56%; carne bovina com alta de 0,31% e da farinha de mandioca com alta de 0,20%. 

 

Também no mês passado, alguns produtos apresentaram recuo nos preços, como o tomate com queda de 5,24%, seguido do óleo de soja com queda de 3,15%; açúcar com queda de 1,20% e do café com queda de 1,01%. 

 

Ainda segundo as análises, no mês passado, o custo da cesta básica para uma família padrão paraense, composta por dois adultos e duas crianças, ficou em R$ 1.993,62 sendo necessários, portanto, aproximadamente 1,53 salários mínimos (baseado no valor do atual em vigor) para garantir as mínimas necessidades do trabalhador e sua família, somente com alimentação. 

 

Também no mês passado, para comprar os 12 itens básicos da cesta básica, o trabalhador paraense comprometeu 55,18% do atualmínimo de R$ 1.302,00 e teve que trabalhar 112 horas e 17 minutos das 220 horas previstas em Lei.


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