14/04/2023 às 08h45min - Atualizada em 14/04/2023 às 08h45min

Hospital no Pará passa a confeccionar órteses para bebês prematuros

Material ajuda no alívio de dores, corrige a postura e combate o surgimento de deformidades

Com edição da Redação Belem.com.br
Agência Pará
Divulgação

Indicada aos recém-nascidos que não conseguem manter uma parte do corpo na posição funcional, ou com tendência à deformidade e necessidade de repouso e imobilização de uma articulação, o Hospital Regional do Tapajós (HRT), localizado em Itaituba, no sudoeste paraense passou a produzir órteses com o material E.V.A este mês.  De baixo custo, eles são feitos pela equipe de terapia ocupacional da própria unidade para suprir e corrigir alterações morfológicas de um órgão e/ou tecido quando há uma deficiência funcional ocasionada por acidentes ou doenças. 


Uma das pacientes que está sendo beneficiada pela iniciativa é Lara Leandra, uma bebê de apenas 2 meses que está internada na UTI Pediátrica do hospital. A pequena utiliza duas órteses de posicionamento nas mãos, que ajudam a mantê-las em uma posição adequada, auxiliando a mobilidade, o controle muscular, prevenindo as contraturas e as deformidades.


A mãe de Lara, Elane Alves Lima Araújo, diz que é muito gratificante saber que a equipe busca novas formas de tratamento para sua filha. "Ver as órteses nas mãos dela me encheu de esperança de que ela irá se recuperar logo. Estou muito feliz com todo o cuidado que tem sido dado a ela aqui no hospital", comenta. 


PRODUÇÃO


Utilizando apenas cola, tesoura, retalhos do material E.V.A., espumas, tecidos e muita criatividade, Lucilene Oeiras, produz a órteses personalizadas. “Elas são feitas a partir da necessidade de cada paciente e de uma avaliação multiprofissional, levando em consideração fatores como processo de reabilitação, quadro clínico e, em casos de bebês prematuros, o desenvolvimento motor”, observa.  


Já foram produzidas mais de 10 órteses. O custo de cada uma é de cerca de R$ 8. O valor é inferior ao item industrializado que oferece resultados semelhantes, por média de R$ 180 a R$ 480, dependendo do tamanho. 


Esses utensílios beneficiam os pacientes de diferentes setores do hospital, corrigindo a posição de pés e mãos em crianças na pediatria, ajudando no posicionamento de cabeça e membros de pacientes acamados por longos períodos na UTI, e auxiliando na coordenação motora de pessoas que sofreram traumas. Atualmente, quatro pacientes internados no HRT utilizam as órteses personalizadas, dois na pediatria e dois na UTI adulto.


Lucilene destaca que a produção das órteses personalizadas é uma iniciativa que valoriza o cuidado individualizado com cada paciente e contribui para a sua recuperação. "Nós acreditamos que é fundamental oferecer um cuidado que leve em conta as necessidades específicas de cada indivíduo, e as órteses personalizadas são uma forma de alcançar esse objetivo", ressalta a terapeuta ocupacional."


O diretor geral da unidade, Matheus Coutinho, afirma que a iniciativa de produzir órteses personalizadas é de grande importância para a instituição, pois representa uma forma de oferecer um tratamento ainda mais individualizado e humanizado aos pacientes. "Acreditamos que investir em tecnologia assistiva como essa é uma forma de proporcionar mais qualidade de vida aos pacientes, além de ser uma demonstração do nosso compromisso com a excelência em cuidados de saúde", acrescenta.


Serviço


O Hospital Regional do Tapajós integra a rede de saúde pública do Governo do Pará, sendo gerenciado pelo Instituto Social Mais Saúde (ISMS), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Atende a casos de média e alta complexidade, ofertando serviços 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS).


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