Inteligência Artificial ajuda a detectar células cancerígenas em pets

A ferramenta foi desenvolvida para identificar câncer em cães e gatos de forma ágil, analisando exames de imagem

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Uma equipe de desenvolvedores de tecnologia brasileira, especializados em Inteligência Artificial (IA), liderou o desenvolvimento de um aplicativo que ajuda a identificar células cancerígenas em cães e gatos.

Patenteada pela empresa Mars Petcare, conhecida principalmente pela produção de alimentos para pets, a ferramenta foi desenvolvida por seu Centro de Inovações e Tecnologia, e permite que veterinários possam analisar biópsias escaneadas, em imagem digital, em um sistema que identifica e conta as células mitóticas para detecção das neoplasias.

O resultado, que geralmente levaria mais de sete dias, sai em poucos minutos e detecta as células cancerígenas por meio de um algoritmo de IA, que faz a detecção de elementos em imagens – funciona de maneira similar ao sistema de navegação de carros autônomos.

“Estamos muito orgulhosos com essa conquista, significa um avanço importante no tratamento oncológico dos pets. Os patologistas descrevem como é importante calcular a taxa de duplicação celular num tumor, marcando a sua intensidade, e como a contagem de células que estão atualmente em processo de divisão desempenham um papel importante na classificação do câncer”, comenta Fernando Rodrigues Jr, gerente Global de Tecnologias do Futuro da Mars Brasil.

Como o processo funciona?

Tudo é dividido em várias etapas, primeiro a biópsia é escaneada e gera uma imagem digital. A partir daí, o algoritmo detecta na imagem a região do tecido comprometido e começa a localização e contagem das células que estão sofrendo o processo de divisão (mitose). Após o processamento da imagem, um relatório com os resultados é gerado para o médico-veterinário concluir o diagnóstico.

Além de permitir maior agilidade no diagnóstico, é possível fazer a contagem das células de maneira integral, por meio de uma análise holística da biópsia.

Disponível para médicos-veterinários no mundo inteiro, a tecnologia já vem sendo utilizada em larga escala e já processou cerca de 1,5 milhão de biópsias, otimizando tratamento de milhares de animais de estimação em todo o mundo.

O sistema foi desenvolvido em conjunto pela equipe global da companhia, recebendo grande aporte dos brasileiros da equipe na construção do projeto, os desafios são lançados, e os associados se voluntariam para criar as soluções.

De acordo com Renato Monteiro, diretor executivo de Tecnologias Digitais da companhia, e responsável pelo hub de Tecnologia e Inovação do Brasil, o projeto é revolucionário e teve contribuição e liderança do time brasileiro de IA, que triplicou seu tamanho nos últimos cinco anos.