09/06/2023 às 08h19min - Atualizada em 09/06/2023 às 08h19min

Estado prossegue com bloqueio em área de desova de tartarugas na Praia do Atalaia

Iniciativa do Ideflor-Bio, com o apoio dos órgãos segurança pública e da sociedade civil organizada, quer garantir a proteção dos quelônios

com edição da Redação Belem.com.br
Agência Pará
Ascom Ideflor-Bio
O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) mantém, neste feriado prolongado de Corpus Christi, de 8 a 11 de junho, o bloqueio da faixa de areia da Praia do Atalaia, em Salinópolis, nas proximidades da Unidade de Conservação (UC) Monumento Natural do Atalaia. A operação tem o apoio dos órgãos de segurança pública e representantes da sociedade civil organizada.

A medida quer garantir a proteção de cinco espécies de tartarugas marinhas: Caretta caretta (tartaruga-cabeçuda), Lepidochelys olivacea (tartaruga-oliva), Chelonia mydas (tartaruga-verde), Eretmochelys imbricata (tartaruga-de-pente) e Dermochelys coriacea (tartaruga-de-couro) - que utilizam a região para desova e, posteriormente, é onde ocorre a eclosão dos ovos.

O Ideflor-Bio destaca que a passagem de pedestres às barracas que comercializam alimentos e bebidas nessa área permanece autorizada. O mesmo vale para quem utiliza o local para a prática do surf, kitesurf e parapente. Desde o feriado de Carnaval, a medida tem possibilitado uma nova experiência de turismo para quem visita a praia, sem a presença de carros e motocicletas.  

Conscientização

De acordo com o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, a operação não vai parar após o feriado prolongado, pois a atividade das tartarugas não para. “Por isso, contamos com a parceria de toda a sociedade que frequenta a área do bloqueio, para que continue não permitindo a entrada de veículos, a fim de resguardarmos e preservarmos as tartarugas, seus ovos e seus filhotes”, enfatizou.

Atualmente, a região interditada abriga mais de 500 ovos de tartarugas marinhas que estão sob os cuidados dos biólogos e pesquisadores do Projeto de Monitoramento de Desovas de Tartarugas Marinhas (PMDTM). Para garantir o crescimento seguro dos animais, o material foi transferido para um berçário previamente preparado na UC Monumento Natural do Atalaia, com o objetivo de prevenir a destruição por pisoteio, esmagamento de veículos e pelas marés.

O diretor de Gestão e Monitoramento das Unidades de Conservação do Ideflor-Bio, Clésio Santana, destacou que o local faz parte da Zona de Amortecimento do Monumento Natural do Atalaia, uma das 27 UCs gerenciadas pelo Instituto. O Monumento é uma UC de Proteção Integral, criada para preservar os ecossistemas de manguezais, restingas e dunas do Atalaia.

“Este é um dos últimos locais preservados nessa área e que abriga diversas espécies de animais, entre mamíferos e uma rica avifauna residente e migratória, com atenção especial aos períodos de reprodução das tartarugas marinhas que sobem à Praia do Atalaia, no período noturno, para depositar seus ovos. Portanto, é dever de todos preservar esse paraíso natural em território paraense”, afirmou o diretor.

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