01/12/2022 às 13h45min - Atualizada em 01/12/2022 às 13h45min

Justiça condena assassinos de empresária de Paragominas a mais de 20 anos

Os réus foram condenados pelos crimes de homicídio qualificado e associação criminosa

Com edição da Redação Belem.com.br
Com Informações da Ascom do MPPA
De acordo com a polícia, a motivação do assassinato estaria ligada a uma possível concorrência no serviço de coleta seletiva de Paragominas. (Foto: Reprodução/Internet)

Nesta quarta-feria (30), o Tribunal de Justiça da Comarca de Castanhal definiu as sentenças dos réus Thiago Santos da Rocha, Gleison Santos Monteiro, Maurício da Luz Ramos e Charles Sarmento de Lira, julgados pelo assassinato da empresária Maria Agusta, ocorrido em 2017 no município de Paragominas. O Promotor de Justiça Reginaldo César Lima Álvares, titular da 2ª Promotoria de Justiça Criminal de Castanhal, foi quem atuou no júri.

Os réus foram condenados pelos crimes de homicídio qualificado e associação criminosa, com agravo, previstos no art. 121, art. 288 e art. 61 do Código Penal Brasileiro, respectivamente.


Sobre o caso

O crime ocorreu em julho de 2017. A empresária Maria Augusta saía de um supermercado no centro da cidade quando dois homens chegaram em uma moto e efetuaram cinco disparos contra ela. A vítima chegou a ser socorrida, mas morreu 23 dias depois, no hospital.

Nas investigações, Tiago Santos da Rocha foi identificado como o atirador e Gleisson dos Santos Monteiro foi apontado como piloto da motocicleta, os dois foram presos no dia 22 de agosto de 2017. Maurício da Luz Ramos foi identificado como intermediário e um dos mandantes do crime, e foi preso no dia 12 de setembro no mesmo ano. Charles Sargento de Lira foi identificado como mandante do crime e está foragido.

De acordo com a polícia, a motivação do assassinato estaria ligada a uma possível concorrência no serviço de coleta seletiva do município. A vítima era dona de uma empresa, registrada no nome de seu filho, que possuía contrato com a prefeitura para prestação de serviços de limpeza da cidade, arborização e reciclagem de resíduos sólidos. Por conta disso, Charles, mandante do crime, teria enxergado a vítima como concorrente. Ao serem presos, Tiago e Gleisson confessaram o crime e disseram que foram contratados para matar a empresária.

O caso foi levado a júri popular, em sessão que iniciou no dia 29 de novembro e encerrou na madrugada desta quarta-feira (30), e os réus foram condenados por homicídio qualificado e associação criminosa, com agravo pelo crime ser configurado como feminicídio e a vítima ter mais de 60 anos. Além disso, os jurados reconheceram a motivação como fútil.

Os réus Tiago Santos da Rocha e Gleisson dos Santos Monteiro receberam a pena definitiva de 17 anos e 6 meses de reclusão em regime fechado. Por possuir antecedentes criminais, Maurício da Luz Ramos teve a pena agravada e definida em 26 anos de reclusão em regime fechado. Os acusados tiveram a manutenção da prisão preventiva decretada. Já o réu Charles Sargento de Lira foi sentenciado a 20 anos e 3 meses de reclusão em regime fechado, e recebeu ordem de prisão.


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