21/03/2023 às 08h32min - Atualizada em 21/03/2023 às 08h32min

Cachorro e gato podem ter diabetes? Saiba como a doença se manifesta nos pets

Por inúmeros motivos, o organismo do pet deixa de produzir insulina ou a produz em quantidade insuficiente para suas necessidades

Com edição da Redação Belem.com.br
O Liberal
Reprodução/Canva

O diabetes em animais é muito semelhante a doença nos humanos, ou seja, por inúmeros motivos, o organismo do pet deixa de produzir insulina ou a produz em quantidade insuficiente para suas necessidades. Sem a insulina, a glicose não entra nas células, deixando o animal sem energia e com excesso de açúcar no sangue. Como resultado, ele se torna propenso a uma série de complicações, entre elas a cegueira e a insuficiência renal.

 

Especialistas em saúde animal dizem que os maus hábitos adquiridos na modernidade (principalmente em relação a questão alimentar) estão entre as principais causas do crescimento da doença, que pode ser fatal. Nos cães, a doença se manifesta principalmente em animais de meia idade, idosos e nas fêmeas. Já nos gatos, a maior incidência ocorre em animais castrados.    

 

Quais as principais causas da diabetes em animais?

 

A médica veterinária Marcella Bernal diz que entre as principais causas da diabetes em animais estão: obesidade; pancreatite (inflamação do pâncreas); administração inadequada de medicamento; enfermidades relacionadas ao metabolismo dos animais (hiperlipidemia, acúmulo de gordura no sangue); questões hormonais. 

 

Bernal explica que é fundamental que os donos de pets observem qualquer sinal diferente apresentado pelos animais e que podem ‘dar pistas’ sobre a doença na fase inicial.

 

Quais os sintomas mais comuns da diabetes em cachorros e gatos

 

- sede excessiva;

- aumento de apetite;

- cansaço e sedentarismo;

- maior frequência na vontade de urinar.

 

"É muito importante que os tutores estejam atentos a estes sinais. Se o seu animal não apresentava este comportamento e passou a adquiri-lo, acenda o alerta, pois algo pode estar errado”, diz a veterinária.

 

Para o diagnóstico correto é necessária uma consulta com um veterinário e a realização de exames (sangue, urina e glicemia) que comprovem ou descartem a patologia. Uma vez diagnosticado é preciso cuidar deste animal para que a doença esteja controlada e ele tenha qualidade de vida.

 

“O controle ideal deve combinar a aplicação de insulina, exercícios regulares e alimentação balanceada. Esta alimentação implica muitas vezes na troca da ração, com a substituição por uma apropriada, que auxilie o controle da doença e promova os nutrientes certos e na quantidade adequada”, frisa a veterinária. 

 

Mudanças no cotidiano do animal ajudam muito a preservar a sua saúde. “Praticar exercícios através das brincadeiras é fundamental. Colocar o animal para correr, pegar bolinhas, subir escadas, passear pelas ruas, tudo contribui para que ele melhore a sua saúde”.

 

No caso das fêmeas, a castração é indicada, porque a progesterona interfere na ação da insulina.

 

Quais as raças mais propensas a desenvolver diabetes?
 

 

Levando em consideração a herança genética dos animais, estudos apontam que algumas raças possuem maior propensão a desenvolver diabetes, como: Labrador, Golden Retriever, Dachshund, Spitz, Poodle e Schnauzer. Porém, vale ressaltar que isto não significa que essas raças irão obrigatoriamente desenvolver a doença.


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