23/12/2019 às 18h00min - Atualizada em 23/12/2019 às 18h00min

Professores paraenses questionam reajuste salarial

Governador assinou, nesta segunda-feira (23), Projeto de Lei que concede o reajuste, o qual só deve valer em 2020

Rosa Borges
Jornalista do belem.com.br
  
O reajuste salarial concedido nesta segunda-feira (23), pelo governo do Estado, aos professores da rede pública estadual, de 2,17%, não foi bem avaliado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp).
 
Segundo a representante do Sintepp, Sílvia Letícia, a atualização concedida hoje, por meio de decreto, de 2,17%, era pra ter sido concedida no segundo semestre,  visto que, em abril, o governo autorizou um reajuste de 2%, totalizando assim os 4,17%, percentual do Piso Nacional, garantido pela legislação.
 
Ela afirma que o benefício só será uma realidade concreta em 2020, contrariando o que foi prometido durante a campanha eleitoral do atual governador Helder Barbalho, de conceder o reajuste e o usufruto do mesmo ainda em 2019.
 
Aliado a isso, o Projeto de Lei assinado nesta segunda-feira (23) ainda terá que passar por apreciação da Assembleia Legislativa antes de entrar em vigor, o que dá uma previsão de cair no contracheque da classe somente em fevereiro de 2020.
 
"Nós conseguimos na Justiça o direito de receber o Piso Nacional. Recorremos a todas as instâncias e ganhamos o direito de receber no final do mandato do Jatene. O governo conseguiu um efeito suspensivo desse pagamento, visto que comprovou que geraria um impacto financeiro grande. E, agora, o governo de Helder Barbalho se agarra nisso, para continuar recorrendo e continuar se beneficiando pela liminar e não pagar. Então, isso, para nós, é um contrassenso. Porque nós precisamos da atualização do piso e ela precisa ser regular. Ela precisa ser em janeiro de cada ano como define a Lei Federal, e não dois ou três meses depois, ou dois anos depois, que está sendo o nosso caso. De fato, é óbvio que ele quita o piso de 2019, mas só em 2020. Não foi isso que ele havia prometido", apontou a representante do Sintepp.
 
Já o governador Helder Barbalho garantiu, na cerimônia de assinatura da mensagem que encaminha o Projeto de Lei para apreciação dos deputados, que está priorizando a área da educação.
 
"Esse reajuste é o cumprimento do nosso compromisso com os professores e busca a melhoria da educação em todo o Estado", disse.
 
Em seu discurso, Helder Barbalho anunciou ainda alguns resultados que o governo alcançou ao longo deste ano, que, segundo ele, garantem a melhoria no desempenho do setor educacional.
 
"Contratamos 1.481 novos professores efetivos, aprovados em concurso público, entregamos 26 novas escolas e recuperamos 105. Pretendemos fazer concurso para 3 mil novos educadores em 2020. Essa é a forma legítima de tratar com os nossos colaboradores. Vamos ainda ter um reforço na estratégia da merenda escolar, reconstruindo a educação pública desse Estado", ressaltou. 
 
O governador disse ainda que graças a um bom relacionamento com a categoria foi possível evitar as paralisações no ano escolar.

"Tínhamos, todos os anos, a cultura da greve, mas este ano não tivemos greve e isso foi fruto de uma reciprocidade e relacionamento com a categoria. Estamos concluindo o ano letivo dentro do mesmo ano, os alunos do Estado já estão de férias", festejou.
 
 
 
 
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