Após suspeita de corrupção, prefeita Josemira Gadelha opta pelo silêncio

                                                                                                                                     
Passadas mais de duas semanas desde a execução da maior operação policial da história de Canaã dos Carajás, com participação de mais de 90 agentes do Grupo de Atuação no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Polícia Rodoviária Federal e GSI, na ação que investiga crimes de desvio e lavagem de dinheiro por funcionários públicos e empresários ligados a gestão municipal, a prefeita Josemira Gadelha segue em silêncio.

Após a operação do Gaeco houve o afastamento dos secretários municipais Roberto Andrade (secretaria de Governo), Marcos Paulo Silveira (secretaria de Saúde) e Antônio Carlos da Silva (Fundação de Cultura, Esporte e Lazer). Além da operação do Gaeco, denominada Lotus II e apelidada de Terra Comprometida, a prefeita Josemira Gadelha também esteve perto de um impeachment, após a denúncia por improbidade administrativa feito pelo vereador Anderson Mendes, a acusação veio em decorrência de possíveis falcatruas no contrato da prefeitura de Canaã dos Carajás com a empresa Cidade Limpa que, de R$ 30 milhões passaria para R$ 124 milhões, licitação esta que, após repercussão, foi cancelada.

A Câmara Municipal, cuja base de vereadores é, em maioria, pró-Josemira, votou no dia 20 de agosto por arquivar o pedido de cassação, mas Mendes disse irá ao Gaeco para protocolar mais uma denúncia. Enquanto isso, Canaã dos Carajás segue com a Polícia Federal às portas, graves problemas relacionados à constantes falta de água e energia elétrica e a prefeita Josemira Gadelha sem dar explicações da situação do município, principalmente no que diz respeito à operação do Gaeco.