15/07/2022 às 13h00min - Atualizada em 15/07/2022 às 13h00min

Iniciativa ajuda cooperativas de reciclagem em áreas de rios e igarapés, na Amazônia

As ações ocorrem desde 2019

Redação Belem.com.br
Com informações de Fabiana Otero - Ascom
Atualmente, estima-se que mais de 90% dos itens plásticos que chegam aos oceanos são transportados por rios. (Foto: Divulgação)

                                                                    
Braço amazônico do programa Natura Elos, o projeto Rios Vivos, iniciativa do grupo Natura &Co (Natura, Avon The Body Shop e Aesop) de mobilização de redes de coleta seletiva em comunidades ribeirinhas no Amazonas e no Pará, passa agora a contar com novos recursos para expandir seu potencial de coleta de resíduos plásticos na floresta. O Fundo Rios Vivos impulsionará a estruturação de cadeias sustentáveis de plástico pós-consumo assistidas pelo projeto, alavancando maiores volumes de materiais reciclados para fabricação de embalagens da Natura. Por meio do fundo, o grupo global fará aportes que serão destinados à melhoria das cooperativas alocadas nos núcleos já criados, e à expansão do projeto para outros locais da Amazônia.

A gestão do fundo contará com o apoio da Sitawi, organização pioneira no desenvolvimento de soluções financeiras para impacto social. A instituição fará o papel de facilitadora, dando transparência e garantindo rastreabilidade nos processos junto às cooperativas.

Atualmente, estima-se que mais de 90% dos itens plásticos que chegam aos oceanos são transportados por rios - e a bacia amazônica é a principal via desses materiais para o mar na América do Sul. A coleta, separação e reciclagem desses resíduos, que podem ser utilizados como matéria-prima secundária para as indústrias de embalagem, por exemplo, são mecanismos que ajudam a reduzir os impactos deste descarte irregular.

Em abril deste ano, o Médio Juruá, primeiro núcleo criado pelo Rios Vivos, coletou mais de 500 quilos de plásticos provenientes de dez comunidades ribeirinhas, em um modelo de negócios que transforma o volume de resíduos entregue por cada família em créditos a serem usados no comércio local. Resíduos que desembocariam nos igarapés e no leito do rio Juruá agora são encaminhados à Associação de Catadores de Materiais Recicláveis Nós Podemos, localizada no município de Carauari, no
Amazonas.

Na cidade de Manaus, o projeto Rios Vivos mobilizou seis associações para a coleta de plástico pós-consumo. A perspectiva é recuperar um total de 60 toneladas de plásticos PET e PP ainda em 2022. A iniciativa mais recente é a implementação do primeiro núcleo no Estado do Pará. Em maio, o Rios Vivos selecionou e firmou parceria com a primeira cooperativa em Belém.

“A manutenção da floresta em pé também depende da saúde dos rios e, portanto, da coleta e destinação adequadas de resíduos nessas localidades”, afirma Sergio Talocchi, gerente de logística reversa de Natura &Co. Nesse sentido, ele reforça que o trabalho desenvolvido junto às cooperativas amazônicas colabora para a conservação dessa bacia hidrográfica tão relevante para o país, além de contribuir para a redução dos resíduos destinados a aterros e lixões.

Ao impulsionar a circularidade e remunerar as pessoas envolvidas na recuperação dos materiais na região Amazônica, o projeto reforça as três causas de Natura: Amazônia Viva, pois contribui para a conservação do bioma por meio da coleta de resíduos sólidos que comprometem os ecossistemas florestais; Mais Beleza Menos Lixo, por meio do fomento à reciclagem, contribuindo para a redução do volume de plástico que chega aos rios e mares; e Cada Pessoa Importa, ao promover a inclusão social dos catadores, profissionalização do setor e geração de renda.

A inciativa também reitera as metas estabelecidas pela Visão 2030 do grupo, que endereça três frentes principais: enfrentar a crise climática e proteger a Amazônia, garantir a equidade gênero e a inclusão social, e abraçar a circularidade e a regeneração em todos os negócios da companhia.

Para Talocchi, o próximo passo é engajar outros atores, além de Natura &Co, em aportes que ajudem a estruturar essas cadeias de reciclagem. “Estamos trilhando um caminho semelhante ao que percorremos para construir as cadeias da sociobiodiversidade há mais de duas décadas, agora com foco em resíduos.  Por meio da capacitação e fortalecimento dessas cooperativas, contribuiremos para firmar as cadeias de reciclagem da Amazônia”, completa.


Programa Elos

O Programa Natura Elos estabelece a responsabilidade compartilhada entre a Natura e cooperativas, recicladores e fabricantes.
Desde 2017, a empresa colabora para assegurar a rastreabilidade, a homologação e a logística reversa da cadeia de reciclagem.
O Programa mobiliza mais de 57 empresas e instituições de mais de 15 cidades na região sudeste, beneficiando mais de 926 cooperados. Somente por meio dessa iniciativa, 9 mil toneladas de resíduos pós-consumo foram recuperadas.

Em 2021, o programa recuperou mais de 13.200 toneladas de material reciclado pós-consumo, um volume cerca de 28% maior que o de 2020. O número de cooperativas de relacionamento cresceu, passando para 25, e o total de cooperados mais que dobrou, atingindo 1.332.


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