28/07/2022 às 12h00min - Atualizada em 28/07/2022 às 12h00min

Homem é o quarto paciente curado do HIV no mundo

O caso aconteceu na Califórnia, nos Estados Unidos

Redação Belem.com.br
O paciente convivia com a doença havia mais de 30 anos. (Fotos: Divulgação / DepositPhotos)

                                                                                                        
O hospital 
City of Hope, localizado no Estado da Califórnia, nos Estados Unidos, anunciou, nessa quarta-feira (27), que um homem de 66 anos está há mais de um ano e cinco meses em remissão do vírus HIV, causador da doença Aids, após receber um transplante de células-tronco e interromper o tratamento da doença. Na prática, isso significa que o homem está curado.

O paciente convivia com a doença havia mais de 30 anos e foi considerado o caso mais longo de uma pessoa com HIV até atingir a cura. O procedimento de remissão começou após um transplante de células-tronco para tratar um tipo de câncer no sangue mais prevalente em pessoas soropositivas, a LMA (leucemia mieloide aguda).

“Quando fui diagnosticado com HIV, em 1988, como muitos outros, pensei que fosse uma sentença de morte”, disse o homem, que escolheu permanecer anônimo, em um comunicado divulgado pelo Hospital City of Hope.


Explicação

Com 63 anos na época, o homem recebeu as células de um doador voluntário de células-tronco com uma mutação genética rara, denominada CCR5 delta 32, que contém o homozigoto que torna as pessoas resistentes à maioria das cepas do vírus HIV.

Isso se dá porque geralmente esse vírus usa a proteína CCR5 como “porta de entrada” para invadir as células imunes e atacar o sistema imunológico. Porém indivíduos com essa mutação têm esse caminho bloqueado, o que impede a replicação do vírus.

“Ele viu muitos de seus amigos morrer de Aids nos primeiros dias da doença e enfrentou muitos estigmas quando foi diagnosticado com HIV, em 1988. Mas agora ele pode comemorar esse marco médico. Não podemos encontrar evidências de replicação do HIV em seu sistema”, afirma a professora Jana Dickter, da divisão de doenças infecciosas do City of Hope.


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