30/08/2022 às 14h00min - Atualizada em 30/08/2022 às 14h00min

Especialistas fazem alerta sobre os danos causados pelo tabaco no Dia Nacional de Combate ao Fumo

Mais de 8 milhões de pessoas morrem ao ano por conta do cigarro

Com edição da Redação Belem.com.br
Agência Belém
Mais de 7 milhões de mortes resultam do uso direto do cigarro. (Foto: Divulgação)

                                                                                                                                                             
Nessa segunda-feira, 29 de agosto, foi celebrada uma importante data no calendário de saúde, o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Os males causados pelo consumo do tabaco são muitos, como diversos tipos de câncer, infarto, AVC, impotência sexual, DPOC (Doença Pulmonar Crônica), entre outros. É preciso lembrar que uso de cigarro eletrônico, também conhecido como Vape, pode ser tão prejudicial quanto o cigarro tradicional. 

A Organização Mundial da Saúde aponta que o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas por ano. Mais de 7 milhões dessas mortes resultam do uso direto do produto, enquanto cerca de 1,2 milhão é resultado de não-fumantes expostos ao fumo de forma passiva.    
 
Daniel Messias Martins Alves Neiva, pneumologista e professor da faculdade de Medicina Estácio, que é vinculada ao Instituto de Educação Médica (IDOMED), explica que o tabagismo é uma doença crônica não transmissível, causada pela dependência do usuário à nicotina presente nos cigarros. “Essa dependência integra o grupo de transtornos mentais, comportamentais ou de neurodesenvolvimento e o tratamento varia de acordo com o perfil de cada paciente. Entretanto, ter conhecimento sobre os danos causados à saúde pelo uso do tabaco não basta. É preciso consciência de que o tabagismo se trata de uma doença e que é necessário investir em tratamento adequado, que muitas vezes, é multidisciplinar”, explica.    
 
No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece aos tabagistas, através do Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT), acompanhamento e tratamento para a dependência. Por meio do programa, diversas ações são geradas para reduzir a aceitação social do tabagismo.    


Tratamentos    
 
Vale destacar que existem dois tratamentos disponíveis: os medicamentosos, que ocorrem através da reposição de nicotina (por adesivo transdérmico ou goma de mascar) e da utilização do cloridrato de bupropiona. Já os não medicamentosos são focados no comportamento, condicionamento e promoção da saúde.    
 
É importante que o tabagista procure ajuda médica, pois, com ajuda profissional, as chances de recaída e abstinência são menores. Saulo Batista é docente do curso de psicologia da Estácio e afirma que, atualmente, há terapias baseadas em pesquisas científicas muito eficazes no combate ao tabagismo. Contudo, é preciso muita dedicação e persistência por parte de quem procura o tratamento.    
 
“O suporte que o tratamento psicológico oferece é fundamental. Muitas vezes, o paciente não se considera viciado em nicotina e sente vergonha de expressar essa dependência. É um trabalho em conjunto, que exige tempo, autoconhecimento, autocontrole e apoio da família e amigos”, encerra o professor.


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