26/10/2022 às 16h15min - Atualizada em 26/10/2022 às 16h15min

Acidentes com moto lideram internações no Hospital Metropolitano, em Ananindeua

Este ano, mais de 1,2 mil motociclistas acidentados receberam atendimento na unidade

Com edição da Redação Belem.com.br
Agência Pará
Acidentes com moto lideram volume de internações no Hospital Metropolitano. (Foto: Divulgação / Ag. Pará)

 

                                                                                                                                                                  
Levantamento do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), localizado em Ananindeua, aponta que as ocorrências envolvendo motocicletas figuram entre as principais causas de atendimentos e internações relacionadas ao trânsito na unidade, em 2022.


De janeiro a setembro deste ano, foram 1.286 entradas de motociclistas no Pronto Atendimento da unidade, que geraram 745 internações. O dado representa 38% do total de atendimentos relacionados ao trânsito, ocupando o segundo lugar no ranking, atrás apenas das colisões. Em terceiro lugar estão os atropelamentos.

O Hospital Metropolitano é a principal referência para traumas na região Metropolitana de Belém, por isso, recebe um alto fluxo de vítimas de acidentes de trânsito. O perfil destes pacientes é prioritariamente de homens jovens, da faixa etária entre 20 e 39 anos.

Durante todo o ano de 2021, foram registrados 1.656 atendimentos a motociclistas na unidade, o que representa mais de quatro por dia. “Mesmo durante o ano mais grave da pandemia, onde o fluxo de pessoas nas ruas estava menor, o número de acidentes é expressivo. Isso só reforça a necessidade de seguir as medidas de segurança”, alerta a médica e diretora técnica do HMUE, Renata Coutinho.

“É fundamental que as pessoas se conscientizem e respeitem as suas próprias vidas. Só assim conseguiremos reduzir esses dados tão preocupantes”, complementa a especialista. No Brasil, segundo a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), 167 mil eventos do tipo foram identificados no ano passado, totalizando 54% dos acidentes de trânsito do país.

Renata Coutinho explica que não há como prever qual dano cada acidente causará, mas os casos mais comuns são fraturas expostas, nos membros superiores e inferiores.  “Não tem como dizer como será o pós acidente, mas sabemos quais são as lesões que geram um dano maior ao paciente, que no caso das motocicletas, são as na cabeça e coluna, por exemplo”, explica a médica.

Custos

Esse tipo de acidente, além de apresentar risco de vida ou sequelas permanentes, geram um alto custo aos cofres públicos. Só no ano passado, o Sistema Único de Saúde (SUS) desembolsou cerca de R$ 100 milhões para tratar motociclistas no Brasil.

No Hospital Metropolitano, que pertence ao Governo do Estado e é gerenciado pela Pró-Saúde, o custo médio de cada alta, independentemente do motivo da internação, é de cerca de 21 mil reais. O dado toma como base a média de dias de internação dos pacientes, que varia entre oito e 18 dias. Em caso mais graves e complexos, em que esse período é ampliado, o custo é ainda maior.

Confira dicas para prevenção de acidentes com moto

- Piloto e passageiro devem usar capacete, mesmo quando for percorrer uma curta distância;

 - Não exceda o limite de passageiros do veículo ou motocicleta;

 - Mantenha uma distância segura dos demais veículos;

 - Respeite o limite de velocidade e as sinalizações de trânsito;

 - Faça as manutenções do veículo corretamente;

 - Em caso de acidente, acione o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) pelo número 192.


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