17/01/2023 às 12h44min - Atualizada em 17/01/2023 às 15h30min

Crianças passam por cirurgia para correção de mãos e pés no Pará

Os pacientes são do programa Doenças Ortopédicas na Infância do governo do estado

Agência Pará
As cirurgias corretivas de mãos e pés são realizadas no hospital Abelardo Santos. (Foto: Agência Pará)
 

As alterações congênitas são caracterizadas pela presença dos pés voltados para dentro ou deformidades nas mãos. O problema não tem uma causa definida e pode ser diagnosticado ainda antes do nascimento ou nos primeiros dias de vida de uma criança. Mas, foi-se o tempo em que falar sobre alterações congênitas de membros superiores e inferiores era pensar em amputação. Com o avanço dos métodos na área da ortopedia, pacientes que nascem com este tipo de deformidade podem realizar o tratamento por meio de cirurgias para a correção das chamadas doenças congênitas. 

Lançado em setembro do ano passado pelo governo do estado por meio da Secretária Estadual de Saúde Pública (Sespa), o programa “Doenças Ortopédicas na Infância” já realizou 395 cirurgias do pé torto congênito e 9 com deformidades congênitas nas mãos. As cirurgias são feitas no Hospital Regional Abelardo Santos (HRAS). No entanto, antes do procedimento, o paciente é acompanhando pela equipe médica do Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), onde são realizados os atendimentos ambulatoriais.  

Para o médico ortopedista e cirurgião do Hospital Abelardo Santos, Rui Barros, atuar no programa é animador, haja vista que o hospital dispõe da estrutura necessária para atender os pacientes com tranquilidade, com equipamentos de ponta para realizar as cirurgias com segurança. “É gratificante ver que na rede pública temos um hospital funcionando num nível de qualidade altíssima, sem falar no atendimento ambulatorial realizado dentro do CIIR durante o pré e pós-operatório”. 

Um dos pacientes atendidos pelo programa é o pequeno Tayller Miguel Nascimento, de 1 ano e sete meses. O menino nasceu com deformidades nas mãos, além de um dedo a mais no pé direito e um cisto no pé esquerdo. Em julho do ano passado, o menino fez a primeira intervenção cirúrgica e há pouco mais de um mês, Tayller já realizou o segundo procedimento. Dessa vez, para fazer a correção do polegar. Moradora do município de Garrafão do Norte, a mãe de Tayller comemora o resultado. “Agora, voltamos para ele retirar os pontos e esperar que ele leve uma vida normal, possa estudar sem ter vergonha”.

Para o médico, o projeto para correção de deformidades proporciona melhor qualidade de vida aos pacientes e promove a inclusão social, já que possibilita aos envolvidos uma maior interação dentro da sociedade. “Os membros inferiores fazem com que a pessoa se desloque de um lugar para outro, já os membros superiores fazem com que você interaja com o meio ambiente. Um exemplo de quando se trata da doença nas mãos é que a criança não consegue pegar em uma caneta com os dedos presos, não consegue usar celular e nem teclado. Então tudo isso quando não corrigido traz repercussões gravíssimas tanto na educação, na socialização e na autoestima dessas pessoas. 

São deformidades que causam um distúrbio funcional bastante acentuado e vai aumentando conforme a criança vai crescendo”, explicou o médico. 


 


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