02/02/2023 às 13h00min - Atualizada em 02/02/2023 às 13h00min

Psicólogo orienta como identificar e lidar com um relacionamento abusivo

O mês de janeiro foi marcado pela Campanha Janeiro Branco, quando o tema saúde mental foi bastante discutido

Com edição da Redação Belem.com.br
Ascom
Esse relacionamento abusivo pode começar de forma sutil, por meio de comentários que afetem a autonomia e a autoestima da vítima. (Foto: Freepik)

                                                                                                                                                                                                          
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019, 243 milhões de mulheres sofreram violência física, sexual ou psicológica por um parceiro íntimo. O Brasil é o 5º no ranking de feminicídio. Ainda de acordo com a OMS, três em cada cinco mulheres sofrem, sofreram ou sofrerão relacionamentos assim. Durante a pandemia os casos aumentaram em 50%.

O mês de janeiro foi marcado pela Campanha Janeiro Branco, onde o tema saúde mental foi bastante discutido, trazendo reflexões de modo geral sobre a vida, das relações, dos passados que cada pessoa viveu e dos objetivos que deseja alcançar. Trazer essa temática para dentro dos relacionamentos abusivos é analisar profundamente cada relação, a fim de identificar sinais de alerta e tomar uma atitude antes que seja tarde demais.

Esse relacionamento abusivo pode começar de forma sutil, através de comentários que afetem a autonomia e a autoestima da vítima, além de isolar a pessoa da sua rede de apoio. Entre os sinais de alerta estão: comportamentos ciumentos, isolamento dos círculos afetivos, desprezo, humilhação, menosprezo, pressão estética e jogos emocionais. “No momento do início da relação, há todo um encantamento, todo engajamento, o amor está no ar. Só que tempos depois, uns quatro meses ou cinco meses, até mesmo um ano de relação, você acaba não percebendo onde inicia esse comportamento tóxico. Quando as pessoas começam a subjugar ou querer ser dono (a) um do outro já é um sinal de que você pode estar num relacionamento tóxico”, explica o psicólogo do grupo Hapvida NotreDame Intermédica, Carol Costa.

Vale ressaltar que nem todo relacionamento abusivo apresenta violência física. Existem muitas outras maneiras de agredir alguém e provocar sofrimento a essa pessoa sem que seja preciso feri-la fisicamente. Além disso, cabe dizer também que não são apenas os relacionamentos entre os casais que podem ser abusivos. As relações entre outros membros da família (pais, filhos, irmãos, primos, avós) e entre colegas de trabalho, estejam eles em uma posição hierarquicamente superior ou não, também podem apresentar uma dinâmica abusiva.

O especialista alerta que, ao identificar qualquer um desses sinais, é preciso procurar a rede de apoio e um profissional que possa orientar a vítima a como agir em uma situação como essa. “É importante estar atento, porque nesse momento o cérebro da pessoa só vê coisas boas em relação ao abusador, e não consegue perceber a realidade. Ou seja, aquela flor agora passa a ter espinhos. Claro que isso não é uma tarefa fácil. Por isso, é importante mapear o comportamento um do outro. Caso esteja passando por isso, busque ajuda especializada, procure um psicólogo, ele tem as terapias e as ferramentas necessárias para oferecer toda a ajuda nesse momento”, conclui.


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